Economia

Cinco décadas depois, Itaipu encerra dívida para construção da usina

Agora se abre caminho para a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da usina.

Por Assessoria/Itaipu Publicado em 01/03/2023 19:43 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

A Itaipu Binacional agora é uma empresa amortizada. Nesta terça-feira (28), a empresa quitou as últimas parcelas da dívida para a construção da hidrelétrica, que perdurava por pelo menos 50 anos. Os últimos pagamentos foram destinados à Eletrobras e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e somam US$ 115 milhões (cerca de R$ 600 milhões).

Divulgação

A liquidação da dívida foi celebrada em uma cerimônia no Edifício da Produção da usina, com as presenças dos diretores-gerais brasileiro de Itaipu, Anatalicio Risden Junior, e paraguaio, Manuel María Cáceres Cardozo, demais diretores e conselheiros da empresa e autoridades dos dois países.

O ministro de Minas e Energia brasileiro, Alexandre Silveira, que era aguardado para o evento, mas não compareceu, gravou uma mensagem em vídeo, transmitida durante a solenidade. “[Demonstra] não só a grandiosidade desse projeto para a história dos nossos países, mas o caminho para um futuro ainda mais próspero”, afirmou.

Silveira acrescentou que agora se abre caminho para a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da usina.

As negociações vão envolver os governos do Brasil e do Paraguai e devem começar em agosto, quando o novo presidente do país vizinho toma posse e deve ser alterado o comando da binacional naquele país.

“A revisão do Anexo C fortalecerá o laço de parceria entre brasileiros e paraguaios, com olhar cada vez mais claro, não só para as necessidades energéticas e comerciais, mas também para a melhor destinação dos recursos para a população que tanto necessita”, completou o ministro.

Em nota publicada nesta terça-feira, o Ministério de Relações Exteriores brasileiro celebrou “o êxito da engenharia financeira desse projeto cinquentenário, que descortina uma nova fase para a empresa e para os consumidores de energia”.

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