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Cidade

Cirurgiões de quadril realizam procedimento em paciente com covid-19 no HC

A cirurgia foi o caminho escolhido para evitar que a paciente evoluísse a quadros que poderiam acarretar de trombose a infecções, comuns nestes casos.

Salus Loch/ Assessoria HC
por  Salus Loch/ Assessoria HC
05/08/2020 10:56 – atualizado há 3 anos
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O médico ortopedista e traumatologista Neri Omizzolo já realizou mais de 2 mil cirurgias de quadril ao longo de 25 anos de carreira. No entanto, recentemente, ele teve uma experiência nova: conduzir um procedimento com uma paciente de 80 anos contaminada pela covid-19. 

“O quadro clínico indicava que a cirurgia de quadril era a alternativa para garantirmos a sobrevivência dela, a retirada da dor e a recuperação de suas funções motoras. Esse é o trabalho do médico, ajudar o paciente a resolver seus problemas, buscando garantir qualidade, segurança e o melhor resultado possível", resume Omizzolo, que contou durante a operação com o apoio do cirurgião auxiliar, Rodrigo Mocelin - seu colega na Clínica de Pronto Atendimento de Ortopedia e Reabilitação; do médico anestesiologista, André Rigo; e das demais equipes de profissionais do Hospital de Caridade de Erechim, que sediou o procedimento em seu bloco cirúrgico.

Cuidados redobrados

Colocando-se na linha de frente do cuidado, Omizzolo conta que todas as pessoas envolvidas na operação tomaram as precauções necessárias por se tratar de uma paciente com teste positivo para o novo coronavírus - o que significou um aparato extra de equipamentos de proteção individual. “Nunca havia operado vestindo tantos aventais, luvas e máscaras. No entanto, fomos bem sucedidos em todos os aspectos”, destaca o médico, que completa: “para melhorar, quatro dias depois, a paciente teve alta hospitalar e se recupera bem da cirurgia e da covid-19”.

Além disso, o procedimento em si foi realizado num tempo mais curto, evitando a exposição dos presentes.

Evolução

Conforme Omizzolo, a cirurgia foi o caminho escolhido para evitar que a paciente evoluísse a quadros que poderiam acarretar de trombose a infecções, comuns nestes casos. “Quanto antes se opera, mais cedo a pessoa tem condições de voltar à vida normal”, explica o especialista.

Ele também lembra que a cirurgia de quadril foi uma das que mais evoluiu na medicina. ‘Antigamente, o paciente levava de 45 a 90 dias para se recuperar, hoje, dependendo do caso, ele está recuperado em até 24 horas”. Isso se dá pela evolução da técnica cirúrgica, como a mini-incisão anatômica, e o fato de utilizarmos próteses mais modernas, além da capacitação dos cirurgiões.

Saiba mais

O que é a prótese de quadril?

A prótese substitui a articulação do quadril, permitindo o caminhar e a volta das funções normais utilizando materiais biocompatíveis, como ácido inoxidável, titânio e cerâmica.

Em quais situações a prótese é utilizada?

Em regra, ela é utilizada em caso de artrose (desgaste da cartilagem), fraturas, tumores e correção de deformidades.

Osteoporose, a vilã

Segundo Omizzolo, a causa mais comum da fratura de quadril do idoso é a osteoporose (perda da massa óssea), que se dá, substancialmente em mulheres (cinco casos em mulheres para cada homem) e pode estar ligada a fatores como a menopausa (hormonal), sedentarismo, uso de corticóide, tabagismo, consumo de álcool, além de histórico familiar. Atualmente, existe tratamento eficaz para osteoporose.

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