Agro

Com público focado, vendas de máquinas devem superar R$ 1 bilhão na Expointer

Neste ano, 85 marcas estão presentes no Parque Assis Brasil expondo seus catálogos a um público um pouco diferenciado em relação às edições anteriores.

Por Jornaldo Comércio Publicado em 09/09/2021 08:39 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

Após um 2020 longe de Esteio, máquinas e implementos agrícolas estão de volta à Expointer. A feira, ainda encarada como atípica pelos expositores devidos aos protocolos sanitários e limitação do número de visitantes, não repetirá o sucesso de 2019. Contudo, a expectativa do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers) é que o volume de negócios ultrapasse R$ 1 bilhão até o final da 44ª edição.

Neste ano, 85 marcas estão presentes no Parque Assis Brasil expondo seus catálogos a um público um pouco diferenciado em relação às edições anteriores. A Expointer 2021 está marcada por ser uma feira essencialmente de negócios. Em meio a uma pandemia que se arrasta por quase 18 meses no Rio Grande do Sul, os visitantes diminuíram, sequer atingido o limite de 15 mil ingressos à disposição nesta primeira metade de evento.

Mais do que isso, o perfil de visitantes mudou. Os expositores de máquinas e implementos agrícolas têm recebido menos ‘curiosos’, pessoas de fora do ramo, que passeiam pelo parque e aproveitam a feira com família e amigos. Passam, agora, a lidar majoritariamente com empresários e investidores, que rumaram à Região Metropolitana de Porto Alegre para conhecer as novidades do setor, fazer contatos para compras futuras e até mesmo concretizar negócios.

“Quando o pessoal vem, vem bem focado no negócio. Nos outros anos, vinha mais gente, mas era um pessoal mais que queria saber como funcionava, não tinha tanto conhecimento. Hoje, o público é mais direcionado, mais centrado na compra”, relatou Matheus Antônio da Silva, gerente de marketing da Ipacol, fabricante de Veranópolis.

Quem também sentiu a alteração no perfil do público foi a Masal, fabricante de Santo Antônio da Patrulha. Segundo o gerente de vendas Paulo Reni, nos primeiros dias, “o movimento foi surpreendentemente bom de clientes, pessoas interessadas”. “Na minha visão, não teve tanto aquele público em geral, mas a frequência de cliente em potencial foi bem importante, o pessoal vem com uma busca mais dirigida”, afirmou ele.

Essa ‘busca dirigida’ já tem gerado resultados. Na primeira metade da Expointer, a Masal teve um volume de vendas que corresponde a aproximadamente 75% do volume registrado no mesmo período de 2019. Os números são positivos, visto que a expectativa da fabricante era ficar entre 50% e 60% do montante. Nesta edição, a Masal está lançando uma plataforma para elevação de caminhões e descarga de grãos, chamado informalmente de Tombador.

A feira é positiva também para a Ipacol. “O ano é atípico, ainda em pandemia, mas está sendo positivo para a gente. Já foram feitas algumas vendas até para fora do Rio Grande do Sul, uma delas para Brasília, mas a maioria tem sido aqui no Estado”, conta Matheus Antônio da Silva. A Ipacol vendeu cerca de 100 unidades de diferentes equipamentos, como vagão forrageiro misturador, escarificador hidropneumático e o distribuidor de adubos e calcários.

Quem também está presente na feira é a Verdes Vales, consorciada e revendedora da John Deere, Hamm, Wirtgen e outras marcas. Tales Barbosa, gerente geral de construção e pavimentação da empresa, avalia que “as vendas estão baixas, mas dentro das expectativas”. Até o quinto dia de evento, a Verdes Vales tinha fechado a negociação de 18 equipamentos.

Neste ano, o lançamento da John Deere fica por conta da pá-carregadeira 444G, que tem força de desagregação de 8 mil quilos, carga estática de tombamento de até 9,5 mil quilos e controle de patinagem.

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