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Pixabay
Rio Grande do Sul

Comitê Científico divulga nota técnica informativa sobre uso de máscara em crianças

A nota complementa o Decreto Estadual 56.403, publicado em 26 de fevereiro, que revogou a obrigatoriedade do uso da máscara nessa faixa etária

Ascom SES
por  Ascom SES
03/03/2022 21:15 – atualizado há 2 anos
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O Comitê Científico de apoio ao enfrentamento à Covid-19 no Rio Grande do Sul, que é integrado pela Secretaria da Saúde (SES), publicou nota técnica nesta quinta-feira (3/3) recomendando fortemente o uso adequado de máscaras por crianças de seis a 11 anos. Seguindo decreto estadual, a proteção deve ser usada com supervisão de um adulto.

A nota complementa o Decreto Estadual 56.403, publicado em 26 de fevereiro, que revogou a obrigatoriedade do uso da máscara nessa faixa etária. “Apesar de não ser obrigatório, continuamos percebendo o uso de máscaras em crianças como extremamente necessário para diminuir os casos de Covid-19 e, principalmente, evitar que elas transmitam o vírus para pessoas da família com maior risco de ter agravos”, disse a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos.

A recomendação leva em consideração o retorno às aulas presenciais nas escolas do Estado e que muitas crianças já tenham o hábito de usar as máscaras. A biomédica Mellanie Fontes-Dutra, com mestrado e doutorado em Neurociências pela UFRGS e professora da Escola de Saúde da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), afirma que a nota reforça a importância da adesão ao uso de máscara no cenário atual. A desobrigação não implica na perda da importância do uso dessa medida nesse momento, pelo contrário. Segundo Mellanie, a recomendação fortalece esse entendimento, para se evitar ainda mais o risco de exposição e transmissão principalmente nas crianças.

“De forma geral, a máscara traz mais benefício às crianças dessa faixa de seis a 11 anos do que malefícios, mas cada caso deve ser observado em particular. O uso do item não impede a transmissão do coronavírus, mas é comprovado que diminui consideravelmente”, explicou a professora do Departamento de Estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) Suzy Alves Camey, representante da instituição no comitê. A retirada da obrigatoriedade tem, segundo ela, o papel de aliviar tensões no dia a dia, evitando situações em que o uso é inviável e as crianças acabam enfrentando algum constrangimento.

A médica epidemiologista e professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) Eliana Wendland, também integrante do Comitê Científico, lembra que a mudança retorna às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o uso de máscaras por crianças. “No momento em que há obrigatoriedade, se deixa de dar conta de crianças que são exceções”, disse, citando como exemplo crianças de três ou quatro anos que têm dificuldades com a máscara, com autismo, necessidades especiais e surdas.

Eliana alerta, no entanto, que a retirada da obrigatoriedade não significa que as máscaras deixaram de ser necessárias. “Não quer dizer que é para retirar máscaras e ninguém mais usar. Neste momento, as máscaras continuam sendo recomendadas. É preciso ter bom senso sobre quando pode e quando não pode, se tem uma aglomeração ou não”, salienta.

A nota ainda especifica que a máscara deve ser usada por crianças entre dois e cinco anos de acordo com a tolerância delas e sob supervisão de um adulto, além de reforçar a necessidade do distanciamento social e ventilação adequada, em especial quando houver crianças sem a proteção no ambiente.

O documento foi escrito em conjunto entre as instituições que fazem parte do Comitê Científico na tarde de quarta-feira (2/3), em reunião virtual.

Veja aqui a nota técnica informativa.

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