Clima
Como será o clima no mês de janeiro, segundo a Metsul
El Niño ainda influencia o clima e traz mês muito quente em grande parte do Brasil.
Janeiro é o mês mais quente do ano na maioria das áreas do Centro-Sul do Brasil pelas normais da climatologia histórica. O segundo mês do verão climático (trimestre dezembro a fevereiro) marca, assim, o auge da estação com muitos dias quentes e chuva principalmente de natureza convectiva, ou seja, associada ao quente e úmido.
No Sul do Brasil, historicamente, o mês não costuma ser muito chuvoso na maioria das áreas. A exceção é para o Leste de Santa Catarina, do Paraná e às vezes o extremo Nordeste gaúcho por conta da atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, um canal de umidade que se origina na Amazônia, passa pelo Centro-Oeste e chega ao Sudeste. Às vezes, a inclinação da ZCAS traz chuva abundante para áreas mais ao Leste do Sul do Brasil, exceto o Litoral Sul gaúcho.
O mês de janeiro começará com o fenômeno El Niño ao redor do seu pico no Oceano Pacífico Equatorial, o que não se traduz em seu máximo impacto. Os efeitos do El Niño são maiores, por exemplo, no Sul do Brasil, durante a primavera. No decorrer do mês, a tendência é que o El Niño comece a enfraquecer.
Janeiro, como mês do auge do verão, tem a comum irregularidade da chuva com significativa variabilidade nos totais de chuva de uma área para outra. Em um mês, ponto de um município pode ter muita chuva e outros baixos volumes de precipitação. Os volumes são determinados demais por pancadas que são isoladas.
Neste janeiro, no Sul do Brasil, as precipitações devem seguir esse padrão. É difícil se estabelecer uma tendência regional de chuva acima ou abaixo da média porque haverá locais dentro de uma mesma microrregião em que os volumes no mês podem terminar acima ou abaixo, tal a irregularidade na distribuição da chuva que se prevê.
Setores do Oeste gaúcho e do Leste catarinense possuem maior probabilidade de precipitação em valores acima da média. Por outro lado, algumas áreas podem sentir reflexos de escassez de chuva mais volumosa, com algumas preocupação na agricultura.
Grande parte do Sul, do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil deve ter temperatura acima a muito acima do normal. Os maiores desvios são previstos para áreas do Sudeste e do Centro-Oeste, em particular do Mato Grosso do Sul, do interior de São Paulo e no Oeste de Minas Gerais (Triângulo Mineiro). No Sul do Brasil, o Paraná será o estado em que a temperatura mais deve ficar acima da média.
O Rio Grande do Sul deve repetir a tendência de dezembro de escapar da temperatura acima a muito acima da média de grande parte do Brasil. Novamente, incursões de ar mais frio no Uruguai e na Argentina devem proporcionar menos dias de calor excessivo do que o normal, embora alguns dias de janeiro devam ser muito quentes e até tórridos.
Não se espera, assim, que janeiro repita onda de calor tão extrema no mês, como se viu em 2022. Foi uma anomalia histórica extraordinária com 15 dias seguidos de máximas acima de 40ºC no Rio Grande do Sul, favorecida por forte estiagem, condição ausente neste verão.
A primeira semana de janeiro terá temperatura predominantemente agradável com tempo menos quente do que o habitual na maioria dos dias no Rio Grande do Sul, mas a partir da segunda semana se espera calor mais intenso e com maior risco de temporais de verão no estado gaúcho.
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