Economia

Consumidores devem ficar atentos para não cair em golpes na Black Friday

Seguindo algumas dicas, é possível aproveitar as promoções da sexta-feira (24)

Por Ascom SJCDH Publicado em 23/11/2023 22:54 - Atualizado em 03/06/2024 13:54

A Black Friday 2023 será realizada na sexta-feira (24/11) com a promessa de promoções nos mais variados setores do comércio. O período pede muita atenção sobre possíveis golpes – que geralmente ocorrem nessa época de intensa procura pelos menores preços. Para auxiliar os consumidores, o Departamento do Consumidor (Procon RS) preparou uma série de dicas (veja ao final da matéria).

Muitos criminosos se aproveitam da data para aplicar golpes, como não entregar a mercadoria ou enviar um item com qualidade diferente da anunciada. Há também casos em que os preços promocionais são iscas para que as pessoas disponibilizem dados sensíveis.

A pressa motivada pelo medo de perder promoções é uma das grandes aliadas dos golpistas, segundo o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Fabrício Peruchin. “A Black Friday é uma campanha que gera muitas expectativas, mas recomendamos que o consumidor tenha um pouco de calma antes de efetuar a compra. Uma análise das referências do vendedor, por exemplo, evitará problemas”, garante.

“Os direitos do consumidor não mudam por ser Black Friday, mas infelizmente as tentativas de golpes aumentam nesse período”, explica o diretor do Procon RS, Rainer Grigolo. “É importante que todos estejam atentos e façam a devida verificação antes de finalizar suas compras.”

Em casos de problemas após as compras, o Departamento do Consumidor atua na defesa dos direitos dos consumidores no Estado.

Dicas para evitar golpes

Cuidados antes da compra:

  • verifique a procedência da loja antes de preencher qualquer cadastro, pois muitos golpistas anunciam produtos com preços imperdíveis para coletar dados dos consumidores;
  • verifique a presença do ícone do cadeado que fica ao lado esquerdo do "www", que é um indício de que o site é mais seguro;
  • consulte os dados da loja no site da Receita Federal para verificar se o CNPJ e o endereço realmente pertencem à empresa. Os dados, geralmente, ficam posicionados no rodapé da página;
  • quando comprar de sites que vendem produtos de empresas parceiras, antes de finalizar o pedido verifique o fornecedor para assegurar a procedência do pedido e, se for o caso, entre em contato com ele dentro da própria plataforma de compra (não o contate fora dela). Desconfie dos casos em que for direcionado para um novo site ou aplicativo;
  • é importante pesquisar sobre a procedência do fornecedor e também sobre a média de preços do produto que você quer comprar. Desconfie de lojas com preços muito abaixo da média. Você também pode utilizar o aplicativo Menor Preço - Nota Gaúcha para fazer a comparação de preços. E lembre-se: sempre exija a sua nota fiscal;
  • outra ferramenta que também pode ser usada por golpistas é o WhatsApp. Se você não se cadastrou ou não forneceu seu número para receber mensagens da loja, sugerimos não fazer compras na plataforma. Links enviados com promoções imperdíveis podem ser uma tentativa de phishing. Essa prática busca fisgar a vítima e ocorre quando uma pessoa é levada a acreditar que está em um ambiente confiável para fornecer dados e informações, que acabam sendo utilizados para crimes. Pesquise pela suposta promoção em redes e sites oficiais da empresa e verifique se ela realmente é procedente.

Cuidados no momento do pagamento:

  • quando o pagamento for realizado em formato de Pix, sempre confira os dados do comerciante e se o valor da mercadoria está correto;
  • boletos também podem ser usados para aplicar golpes. Confira o nome do beneficiário e o valor do documento antes de efetuar o pagamento.

Cuidados após a compra:

  • sempre realize o print de páginas de confirmação de compra, guarde recibos e notas da compra e tire fotos caso receba um produto com problema;
  • nas compras on-line, o consumidor tem o Direito de Arrependimento. Nesse caso, o prazo de aviso ao comerciante é de sete dias, contados a partir da data de recebimento do produto. Esse direito não é aplicado nas compras em loja física (apenas se for uma política do estabelecimento). Nas situações de defeito do produto, o prazo legal para troca dos itens perecíveis é de 30 dias, após a compra. No caso de produtos não perecíveis, o prazo passa para 90 dias.

Como denunciar

No caso de se sentir lesado, é recomendado procurar o Procon municipal da sua região. Se não houver, acione os canais abaixo:

  • WhatsApp (51) 3287-6200 de atendimento do Procon RS
  • Atendimento eletrônico pelo site do Procon RS

Conteúdo relacionado

Termos relacionados