Rio Grande do Sul
Consumo de oxigênio aumenta até 300% no RS, mas governo garante estoques de insumos
Secretaria afirma que logística de entrega e reabastecimento não tem sido um entrave.
Insumo fundamental no tratamento contra a Covid-19 para os que estão internados em estado crítico em hospitais ou pronto-atendimentos, o consumo de oxigênio suplementar ou medicinal também está acompanhando os números estratosféricos da pandemia no Rio Grande do Sul. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), há instituições que já consomem mais de 300% de oxigênio na comparação com antes da pandemia. Mas a SES informa que tem acompanhado a disponibilidade, assegura que tem feito o controle dos estoques para um período de 15 dias e que não há escassez do produto. Outra preocupação, são com o uso de medicamentos para intubação, como sedativos, anestésicos e relaxantes musculares, mas que até o momento também se descarta o risco de faltar no RS.
No Rio Grande do Sul, o oxigênio medicinal é adquirido pela rede hospitalar, não sendo um insumo adquirido pela SES, como ocorre em outros estados. No entanto, a SES, por intermédio do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, envia semanalmente um link de um formulário aos hospitais, com o objetivo de acompanhar se há risco de falta de oxigênio e se as instituições possuem disponibilidade de estoque ou aquisição rápida por um período de 15 dias. Este período é utilizado porque o oxigênio é um produto que não deve ser armazenado em grande quantidade em locais que não sejam especialmente preparados para isso, como as usinas que produzem este gás, por exemplo.
A SES ainda afirma que logística de entrega e reabastecimento no RS, até o momento, não tem sido um entrave para o fornecimento às instituições hospitalares e unidades de pronto atendimento. Os principais fornecedores são as empresas White Martins e Air Liquide. A SES, em nota, afirma que está em contato constante com as companhias, a fim de monitorar o fornecimento, logística e capacidade de atendimento, conforme a demanda.
Sobre os medicamentos necessários para o procedimento de intubação - inserção de um tubo desde a boca da pessoa até à traqueia, de forma a manter uma via aberta até o pulmão e garantir a respiração adequada -, uma equipe técnica da SES tem um realizado um levantamento semanal para avaliar a situação. "Se for necessário, faremos remanejo para suprir alguma necessidade urgente”, garante a secretária de Saúde, Arita Bergmann. Conforme ela, laboratórios e distribuidores destes medicamentos têm estoques armazenados para abastecer o mercado gaúcho.