Criminosos que realizaram assaltos simultâneos a agências bancárias são condenados a quase 100 anos de prisão no RS

Por O Sul Publicado em 09/12/2024 18:45 - Atualizado em 09/12/2024 18:50

Após três dias de julgamento, os réus Rogério da Silva Barcelos, Anderson Maurício de Jesus Ávila e Felipe Arnoldo de Oliveira, acusados de envolvimento em assaltos simultâneos às agências do Banco do Brasil e do Banrisul no município de Ibiraiaras, no Nordeste do RS, foram condenados a penas que chegam a quase 100 anos de prisão, na madrugada de sábado (7).

Os roubos resultaram na morte de um dos gerentes do Banco do Brasil, que foi um dos cinco reféns levados no porta-malas dos veículos utilizados pelos assaltantes na fuga. Durante os assaltos, os acusados formaram um cordão humano com os clientes e funcionários dos bancos, com a intenção de evitar a atuação policial.

Foto: Reprodução

As penas foram fixadas em 99 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, para Rogério; 99 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, para Anderson; e 65 anos e 15 dias de prisão, em regime fechado, para Felipe. Foi determinada ainda a manutenção da prisão preventiva dos acusados. O trio está preso desde dezembro de 2018.

O júri, realizado na Comarca de Lagoa Vermelha, foi presidido pelo juiz Fabiano Zolet Baú, que leu a sentença por volta das 2h10min de sábado. Foram ouvidas em plenário 18 vítimas, mais cinco testemunhas e os três réus.

Além do crime de latrocínio contra o funcionário e dos delitos de roubo, os bandidos responderam ao processo criminal por tentativas de homicídio, porte de armas e munições (de uso permitido, de uso restrito e com supressão de marca), posse de artefatos explosivos, receptação de veículos e de coletes balísticos, disparo de arma de fogo, dano e organização criminosa armada.

Assaltos


Segundo a denúncia do MP (Ministério Público), os réus planejaram, juntamente com outros indivíduos, divididos em grupos, os assaltos simultâneos às agências no Centro de Ibiraiaras, ocorridos em 3 de dezembro de 2018. Antes dos roubos, eles tiveram acesso a armas de fogo e artefatos explosivos.

Rogério e Anderson estiveram nas agências, enquanto Felipe ficou encarregado de aguardar em ponto pré-estabelecido para o transporte do dinheiro roubado. Durante os assaltos, além de formarem o cordão humano, os homens agrediram um funcionário do Banco do Brasil e derramaram gasolina sobre ele, sob ameaça, para que abrisse o cofre do banco. Além disso, quebraram celulares e subtraíram bens de clientes.

Houve disparos de arma de fogo durante os assaltos e na fuga. Ao saírem dos locais, os ladrões fugiram levando reféns – três gerentes de banco e dois clientes. No transporte dos objetos roubados, os criminosos entraram em confronto com a polícia. Durante a troca de tiros, parte dos envolvidos foi morta em uma área de mata, local para onde fugiram.