Economia
Crise hídrica custou R$ 28 bilhões, diz governo
A conta será paga pelos consumidores a partir de 2023, em forma de um novo encargo na conta de luz, até as distribuidoras quitarem o financiamento.
A crise hídrica de 2021 custou R$ 28 bilhões ao país, informou nesta sexta(4) a secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, durante participação em evento do banco Credit Suisse.
"Como usamos todos os recursos disponíveis, isso se traduziu no aumento do preço da energia", disse a secretária durante o evento. O custo engloba especialmente as medidas emergenciais tomadas durante a crise para evitar cortes de carga no sistema e programas de racionamento compulsório. Ainda segundo ela, a crise gerou déficits que estão sendo recuperados pelas distribuidoras.
Na quinta, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que o novo empréstimo às distribuidoras de energia elétrica para cobrir os custos da crise hídrica deverá chegar a até R$ 10,8 bilhões.
A operação de crédito, que pretende reduzir a alta da conta de luz em 2022, será dividida em duas parcelas e, apesar de evitar uma alta maior da energia em 2022, será paga pelos consumidores a partir de 2023. O dinheiro será cobrado na forma de um novo encargo na conta de luz até as distribuidoras quitarem o financiamento.