Economia
Crise mundial de contêineres afeta operações no Porto de Itajaí
Fenômeno é causado por uma "redistribuição" destes materiais para portos com alta demanda de exportação.
Mesmo com aumento na movimentação geral de contêineres, o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes tem sofrido dificuldades no transporte de cargas, devido a falta mundial de contêineres.
“A falta de contêineres é mundial, não é só no Brasil nem só na nossa região”, afirma o diretor-geral de Operações Logísticas do Porto de Itajaí, Heder Cassiano Moritz. O fenômeno é causado pela alta demanda do material em portos exportadores, como dos Estados Unidos e da Ásia. “Foi um efeito mundial de redistribuição”, explica.
A falta de contêineres, segundo Moritz, afeta o valor dos fretes, principalmente os internacionais. Itajaí é um dos principais portos de transportes de cargas conteinerizadas do Brasil, e apesar de ter registrado uma alta na movimentação, sentiu o atraso nas movimentações.
Mas quem mais sente os impactos são os importadores e exportadores, que têm mais dificuldades na disponibilização destes equipamentos. Isso pode atrasar e encarecer fretes.
Cargas refrigeradas
A falta de contêineres também afetou o transporte de cargas refrigeradas, como frango e suínos. Segundo Moritz, este ano, depois de muito tempo, houve uma movimentação deste tipo de cargas em navios “reefer”, ou seja, a carga solta, em caixas, “utilizando a movimentação normal em um navio de carga frigorificada”.
“Ou seja, faltou contêiner e tiveram que fazer o uso desse tipo de navio para poder fazer as movimentações”, afirma Moritz.