Cidade
Demora no restabelecimento de energia elétrica em zona rural gera protestos no RS
Produtores derramaram leite estragado pela falta de luz dentro da sede da CEEE Equatorial na cidade de Arroio Grande
A falta de luz, principalmente na zona rural de diversos municípios do sul do Estado segue sendo motivo de protestos de clientes da CEEE Equatorial. A interrupção do fornecimento já dura mais de 10 dias em alguns casos, ou seja, desde o temporal de 21 de março.
Nos últimos dias ocorreram protestos em várias cidades da região como Rio Grande, Pelotas e Piratini, por exemplo onde a BR 392 chegou a ser interrompida no último sábado. Nesta segunda-feira, o protesto foi dentro da agência da CEEE Equatorial na cidade de Arroio Grande, onde segundo os organizadores da iniciativa em torno de 300 famílias permaneciam sem luz.
“Alguns, outros estão somente em uma fase”, destaca o presidente da Federação dos Assalariados Rurais do Rio Grande do Sul (FETARS), Júlio César Larrosa. Produtores de leite da zona rural chegaram a derramar o produto estragado, pela falta de luz, na entrada da agência.
Entre as cerca de 50 pessoas que participaram do protesto estava a produtora de leite Patrícia Freitas Escoto. Ela mora na estrada da Figueirinha. “Estamos sem luz praticamente desde o dia 19, quando faltou às 7h e voltou ás 16h, mas na manhã do dia 20 faltou de novo e até hoje não voltou”, relata. Ela confirmou que quando ocorria temporais ficava no máximo três dias sem luz. “O problema é na estrada, onde um poste caiu. Eles foram levantaram o poste e deixaram um fio caído. É muita incompetência. Eu liguei para Equatorial, tenho o número de protocolo, contatei a ANAEEL. Nem internet eu tenho, pois sem luz tudo é limitado”, lamenta.
A produtora diz que acorda de manhã, tira leite das vacas e joga fora, pois não tem como conservar o produto. “Não tenho condição de ter um gerador em casa. Depois que passei na estrada no sábado e vi que o fio segue caído tive a certeza que precisamos fazer algo. A CEEE Equatorial tenho a certeza que não vai me ressarcir. Eu, meu marido e minha filha estamos vivendo de economias, que um dia vão acabar senão resolverem o problema da luz”, relata. Foi solicitado um posicionamento da CEEE Equatorial, mas a empresa não se manifestou até o encerramento da matéria.