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Detectado foco de influenza aviária em mamíferos aquáticos na praia do Cassino

O vírus foi identificado em leões-marinhos.

Por O Sul Publicado em 04/10/2023 14:55 - Atualizado em 03/06/2024 13:51

A Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação), confirmou, na quarta-feira (03), a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em mamíferos aquáticos na praia do Cassino, em Rio Grande, no Sul do Estado. O vírus foi identificado em leões-marinhos.

A notificação foi feita pelo Cram (Centro de Recuperação de Animais Marinhos) de Rio Grande e atendida pelo SVO (Serviço Veterinário Oficial) em 30 de setembro. As amostras foram colhidas e enviadas para o LFDA-SP (Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas), unidade referência da OMSA (Organização Mundial da Saúde Animal).

Trata-se do segundo foco no Rio Grande do Sul. Porém, mesmo com a nova notificação, a condição sanitária do Estado e do país não se altera e não há risco para consumo de alimentos. O primeiro foco havia sido registrado em maio, na Reserva do Taim, em aves silvestres (cisne-de-pescoço-preto), e já foi encerrado após evidências epidemiológicas e coletas negativas. No Estado não há registro da doença na avicultura comercial.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, as equipes estão atuando desde o momento que os animais foram avistados.

“Há uma grande onda de influenza sendo registrada no Uruguai e Argentina, e o Rio Grande do Sul, por estar na divisa, está sentindo os reflexos. Seguiremos os protocolos exigidos para evitar a disseminação do vírus, em parceria com os municípios, e vamos atuar na vigilância ativa na região costeira e em atividades de educação sanitária”, afirma Rosane.

Até o momento foram recolhidos dez animais, sendo oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos. Evidências indicam que o consumo de material infectante, como aves contaminadas por influenza aviária, é a principal via de infecção em mamíferos aquáticos e semiaquáticos. Também não se descarta a hipótese de que a transmissão esteja acontecendo entre animais.

O SVO do Rio Grande do Sul também alerta sobre medidas de segurança para a população. É fundamental que as pessoas não mexam e nem se aproximem de animais mortos ou moribundos. Todas as suspeitas – que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita – devem ser notificadas imediatamente à Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo Whatsapp (51) 98445-2033.

“Estamos monitorando a situação, ao lado de órgãos da saúde e do meio ambiente e da Patrulha Ambiental, mas a colaboração de todos é importante”, destaca Rosane.

A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves, mas também pode infectar mamíferos e outros animais.

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