Segurança
Dezoito trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão em Campestre da Serra
Os explorados também trabalharam em propriedades rurais de Antônio Prado (RS) e Flores da Cunha (RS), em lavouras de alho, cebola, beterraba, cenoura e uva
Dezoito trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão na colheita e beneficiamento de alho em Campestre da Serra (RS). Eles vinham sendo vítimas de exploração desde outubro de 2020, e foram aliciados por uma mulher e pelo filho dela em Curitibanos (SC).
A operação - encerrada em 2 de março - foi realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), formado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), ligada à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia; pelo Ministério Público do Trabalho (MPT); pela Defensoria Pública da União (DPU); pelo Ministério Público Federal (MPF); e pela Polícia Federal de Lages.
O grupo de resgatados, formado por 16 homens e duas mulheres, foi reunido com promessas de trabalho com pagamento diário e carteira assinada. Mas depois de migrados para o Rio Grande do Sul, os trabalhadores passaram a viver em um alojamento precário, sem salário e com os documentos recolhidos, sendo inclusive coagidos por meio da força e da intimidação armada.
O grupo também estava sendo explorado por dívidas artificialmente contraídas. Os intermediários cobravam valores superfaturados por todos os produtos fornecidos, incluindo alimentos, material de higiene, bebidas alcoólicas e até drogas.
Os explorados também trabalharam em propriedades rurais de Antônio Prado (RS) e Flores da Cunha (RS), em lavouras de alho, cebola, beterraba, cenoura e uva.