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Dia Mundial da Água propõe repensar hábitos

A imagem de um beija-flor que apaga um incêndio, carregando gotas de água em seu bico, ilustra o tema do Dia Mundial da Água deste ano.

Por Assessoria/Emater Publicado em 21/03/2023 21:01 - Atualizado em 03/06/2024 11:46


A imagem de um beija-flor que apaga um incêndio, carregando gotas de água em seu bico, ilustra o tema do Dia Mundial da Água deste ano. A fábula do beija-flor está conectada com o tema “Acelerando Mudanças – Seja a mudança que você deseja ver no Mundo”, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para celebrar a data na próxima quarta-feira (22/03). O objetivo é discutir formas de acelerar mudanças para solucionar a crise global da água e do saneamento.

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU no dia 22 de março de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, a Rio-92. Desde então, essa mesma data a cada ano é destinada à discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural, que correspondem a um desafio atual ou futuro.

A data comemorativa é uma oportunidade para se conhecer mais sobre a problemática da água, promover debates na sociedade e tomar atitudes que façam a diferença no uso racional de água.

O tema deste ano, “Acelerando Mudanças – Seja a mudança que você deseja ver no Mundo”, se propõe a repensar hábitos e costumes rotineiros de uso e consumo da água, em casa, na escola, no trabalho, nas cidades. A ideia repassada com a fábula é: faça como o beija-flor: não desperdice água, evite vazamentos, tome banhos rápidos e feche a torneira ao escovar os dentes. E na limpeza de sua casa, não lave calçadas com mangueira. Com essas e outras atitudes, cada pessoa deve assumir compromissos para auxiliar na solução da crise hídrica e sanitária pela qual passa o Planeta.

Na Emater/RS-Ascar

Desde o início das comemorações ao Dia Mundial da Água, a Emater/RS-Ascar fortalece suas ações, desenvolvidas há mais de 60 anos, desde a fundação da Ascar, em 1955. Atenção à garantia do abastecimento de água, em especial onde não há sistema público, proteção de fontes e revitalização de matas ciliares, com práticas de proteção de solos para evitar a erosão e o assoreamento dos rios são algumas práticas rotineiras de Extensão Rural e Social prestadas pela Emater/RS-Ascar em todo o Estado.

Atualmente a Instituição de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) desenvolve projetos piloto de revitalização de bacias hidrográficas e recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APPs), como de encostas de morros e margens de rios, “o que vai favorecer manter a qualidade e a quantidade de água em nascentes, garantindo ainda a conservação da umidade no solo, através de práticas conservacionistas”, avalia o extensionista e engenheiro agrônomo, Gabriel Katz, ao complementar que a produção de água acontece com a conservação e, muitas vezes, com a recuperação de áreas. “É importante ressaltar que práticas de conservação do solo contribuem para infiltrar água na terra e diminuir processos erosivos”, alerta.

Pegada Hídrica

A produção e o consumo de alimentos também podem ser repensados. Cada alimento, seja de origem animal ou vegetal, necessita de certa quantidade de água para ser produzido. As plantas necessitam de água para estabelecer-se, e os animais, além de bebê-la, necessitam indiretamente da água utilizada na produção de vegetais que fazem parte de sua dieta.

Através da chamada Pegada Hídrica (https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pegada-hidrica-producao-alimentos.htm e https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/pegada-hidrica.htm) é possível calcular a quantidade de água doce necessária para produzir alimentos e outros produtos, além de traçar estratégias para o uso inteligente desse importante recurso natural. Também é possível calcular o volume de água doce que é usado para produzir bens ou serviços, levando em consideração a quantidade de água consumida e poluída durante o processo.

De acordo com a Water Footprint Network (https://www.waterfootprint.org/), para produzir um 1kg de carne bovina são necessários 15.400 litros de água. Já para 1kg de carne ovina são gastos 10.400 litros de água e para 1kg de porco, 5.988 litros de água. Para produzir um único tomate de 250 gramas são necessários 50 litros de água e, para 1kg de batata, 160 litros de água. Outros dados curiosos são para a produção de 1kg de pão, que utiliza cerca de 150 litros de água e, para que um copo de 250 ml de leite seja produzido, são necessários cerca de 255 litros de água, ou mil litros de água para produzir um litro de leite. Para produzir 1kg de arroz são utilizados 1.500 litros de água.

Não só no Dia Mundial da Água, mas todos os dias, é fundamental repensar hábitos e atitudes, fazer o uso consciente e buscar formas de reutilizar a água. Estamos na Década Internacional da Água, definida através de uma resolução da ONU para os anos de 2018 a 2028, para enfatizar que o desenvolvimento sustentável e a gestão integrada dos recursos hídricos são cruciais para alcançar os objetivos sociais, econômicos e ambientais no Planeta. Muitas ideias e sugestões podem ser avaliadas em https://meubolsoemdia.com.br/Materias/agua-no-seu-dia-a-dia

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