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Em 4 meses e meio, Diocese de Erechim sepulta segundo padre
Altair José Steffen morreu no último dia 25 de julho
No dia 08 de março passado, a Diocese de Erechim celebrou as exéquias do Pe. Claudino Talaska, falecido na madrugada daquele dia, em Estação.
Nesta terça-feira, 26, memória litúrgica de São Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Maria, celebrou as do Pe. Altair José Steffen, falecido às 18h30 da véspera, festa de São Tiago.
Tendo passado por cirurgia para extração de nódulos na cabeça e depois num pulmão há pouco tempo, seguida de intenso tratamento, Pe. Altair José Steffen faleceu no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital da UNIMED de Erechim, às 18h30 de segunda-feira, dia 25, festa de São Tiago, após 8 dias de hospitalização.
O corpo do Pe. Altair foi velado na igreja N. Sra. das Dores em Capoerê a partir das 02h, com missa de corpo presente às 08h de terça-feira, dia 26 de julho, presidida por Dom Adimir Antonio Mazali, Bispo Diocesano, e concelebrada por 17 padres, com a participação de três diáconos permanentes, ministros familiares e muitos paroquianos que lotaram completamente o recinto com diversos fora dele.
Em seguida, o corpo foi transladado para a igreja São Pedro de Sede Dourado, onde também foi velado e onde houve missa de corpo presente às 15h30, seguindo-se sepultamento no cemitério local, conforme seu desejo por ser natural daquela Paróquia. A missa também foi presidida por Dom Adimir e concelebrada por 28 padres, com a participação de três diáconos, ministros, familiares, membros da paróquia e delegações daquelas em que trabalhou, São Cristóvão e São Pedro de Erechim, Santo Antonio de Jacutinga e N. Sra. do Rosário de Barão de Cotegipe.
Manifestações
- Pe. Valter Girelli, pela Pastoral Presbiteral, em Capoerê: Lembrou que na ordenação presbiteral, os padres impõem as mãos sobre o ordenando, que passa a fazer parte da família presbiteral. Esta família entrega a Deus Pe. Altair, agradecendo à família em que nasceu e viveu. Vivemos dias de luto, mas também de percebermos o essencial em nossa vida. Citou o Papa Francisco que refere 3 graças na morte – ser pessoa de comunidade, e o padre vive justamente a serviço dela; deixar testemunho de fidelidade a Deus; morrer na esperança da vida eterna. Motivou a rezar pelos falecidos e desejou que Pe. Altair seja nosso intercessor junto a Deus.
- Sandra Bortolazza, pela paróquia, em Capoerê: Recordou que no primeiro ano em que o Pe. Altair estava na Paróquia manifestou-se o tumor na cabeça. Depois, exames de laboratório constataram nódulos no pulmão. Na pandemia, os paroquianos estavam preocupados que ele não contraísse o vírus. A cada exame, todos sofriam com ele. No final do ano passado, a Paróquia celebrou seus 35 anos de padre junto com a família. Fez muitos amigos e deixa testemunho de confiança em Deus na provação.
- Pe. Dirceu Balestrin, pelos padres, em Sede Dourado: Expressou aos familiares fraterno e solidário abraço dos padres e certeza de sua oração por eles e em sufrágio do Pe. Altair. Enfatizou que realizou bonita missão nas paróquias onde trabalhou. Concluiu sua missão na paróquia N. Sra. das Dores, em Capoerê de forma incansável e na luta contra a doença. Motivado a residir no Lar Sacerdotal ou na casa do Bispo por causa da doença, preferiu ficar no seu local de trabalho. Citando Santo Agostinho, disse que Pe. Altair deixa o mundo das criaturas para passar para o mundo do Criador. Exortou a todos a intensificar a oração pelas vocações, especialmente sacerdotais.
- Luís Bisol, pela comunidade paroquial de Sede Dourado: agradeceu à família pelo padre dado à Igreja. Não trabalhou na Paróquia, mas esteve muitas vezes nela, transmitindo sempre muita alegria e de se observar o princípio “primeiro a oração, depois a diversão”.
- Michele Backes, sobrinha, em Sede Dourado: Ressaltou a presença marcante do Pe. Altair na família. Deixa testemunho de fé e de esperança, especialmente nos últimos seis anos quando se manifestou a doença, na qual se manteve muito forte. Ficará sempre vivo no coração de todos, pois deixa a cada familiar uma bela lembrança.
- Pe. Jorge Elias Dallagnol, Pároco em Sede Dourado: Agradeceu a presença de todos no velório e na celebração da missa de corpo presente. Destacou o cuidado prestado ao Pe. Altair, especialmente o acompanhamento do Bispo nos últimos dias.
Concluída a celebração, o corpo do Pe. Altair foi conduzido ao cemitério local, acompanhado pelos familiares, amigos, ministros, padres e o Bispo que procedeu à benção do túmulo e oração final de sepultamento.
Pe. Altair nasceu no dia 15 de novembro de 1959, em Sede Dourado, município de Aratiba. Filho de Pedro Aloísio Steffen e Clementina Voni Steffen é o quarto de oito irmãos.
Fez o Ensino Fundamental em Sede Dourado; o Ensino Médio, no Seminário N. Sra. de Fátima em Erechim; cursou a Faculdade de Estudos Sociais na Universidade Regional Integrada (URI) campus de Erechim de 1980 a 1982; fez o curso de teologia no Instituto de Teologia de Passo Fundo (ITEPA), de 1983 a 1986.
Foi ordenado padre no dia 31 de dezembro de 1986, em Sede Dourado, por Dom João Aloysio Hoffmann, o primeiro Bispo da Diocese. Seu lema de ordenação era: O Senhor enviou-me para anunciar a Boa Nova aos pobres (Lc 4,18).
Como padre, exerceu as seguintes atividades:
- Vigário Paroquial na Paróquia São Cristóvão de Erechim e Assessor da Pastoral Operária de fevereiro a dezembro de 1987;
- Pároco da mesma Paróquia São Cristóvão, de 1988 a 1989;
- Pároco da Paróquia Santo Antonio, Jacutinga, de 1990 a 1998;
- Pároco da Paróquia de São Pedro, Erechim, de 31 de janeiro de 1999 a início de janeiro de 2012;
- Pároco da Paróquia N. Sra. de Fátima, Entre Rios do Sul em 2012;
- Pároco da Paróquia N. Sra. do Rosário, Barão de Cotegipe, de 15 de fevereiro de 2013 a 30 de janeiro de 2015; em seguida, teve um período sabático de 3 meses.
- Pároco da Paróquia N. Sra. das Dores, Capoerê, desde 26 de abril de 2015 até seu falecimento dia 25 de julho deste ano de 2022.