Agro

Emater/RS-Ascar estima em 36 milhões de toneladas a produção da Safra de Verão

De acordo com a apresentação, feita pelo diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, a soja apresenta a expectativa de maior produção para a próxima safra

Por Assessoria Emater Publicado em 29/08/2023 20:54 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

Com uma estimativa de produção de 36.098.416 toneladas para a Safra de Grãos de Verão 2023/2024, o que representa 49,13% acima da safra passada, que foi de 24.206.441 toneladas (dados preliminares do IBGE), o Rio Grande do Sul deve cultivar 8.494.111 hectares, ou seja, 1,72% a mais do que a Safra 2022/2023, de soja, arroz, milho e feijão 1ª safra. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (29/08), pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), durante o tradicional Café com a Imprensa, na 46ª Expointer, que acontece até o próximo domingo (03/09).

Foto: Rogério Fernandes, Emater/RS-Ascar

A apresentação dos números iniciais da Safra de Verão foi prestigiado pelo vice-governador do RS, Gabriel Souza, dos secretários estaduais de Desenvolvimento Rural (SDR), Ronaldo Santini, da qual a Emater/RS-Ascar é vinculada, e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, do presidente do Irga, Roberto Machado, e do deputado estadual Professor Bonatto, representando a Assembleia Legislativa, entre outros representantes de instituições parceiras, como Ocergs, Ceasa, Acsurgs, Afubra, Conab e IBGE. Eles foram recebidos pela Diretoria da Emater/RS, composta pela presidente Mara Helena Saalfeld, e pelos diretores técnico, Claudinei Baldissera, e administrativo, Alexandre Durans.

De acordo com a apresentação, feita pelo diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, a soja apresenta a expectativa de maior produção para a próxima safra, que é de 22.442.526 toneladas, 73,03% acima das 12.970.362 toneladas da safra anterior. Isso se deve à produtividade esperada, que é de 3.327 kg/ha, ou seja, 70,71% a mais do que os rendimentos da safra passada, que foram de 1.949 kg/ha. A área cultivada com a oleaginosa pouco muda (1,30%), passando de 6.658.472 para 6.745.112 hectares.

No caso do arroz irrigado, cultura com a segunda maior área de produção no Estado, serão 902.425 hectares cultivados, segundo o Irga, 7,44% acima da safra anterior, que foi de 839.972 hectares. Com uma produtividade estimada de 8.359 kg/ha, o RS deve produzir na próxima safra 7.543.137 toneladas de arroz irrigado.

Importante insumo para a agricultura do Estado, severamente atingido pela estiagem na safra passada, o milho deve atingir uma produção de 6.061.198 toneladas, ou seja, 53,24% acima da produção obtida na safra passada, que foi de 3.955.369 toneladas. Isso deve ser obtido com os bons rendimentos projetados, de 53,15% acima da safra anterior, que foi de 4.841 kg/ha, chegando a 7.414 kg/ha nesta safra.

No feijão 1ª safra, a Emater/RS-Ascar projeta para o RS uma produção de 51.555 toneladas, 26,59% a mais do que a safra anterior, que foi de 40.725 toneladas, obtida a partir de um rendimento 23,40% a mais do que a safra anterior, que foi de 1.438 kg/ha, atingindo para esta safra uma produtividade estimada em 1.775 kg/ha. A área a ser cultivada com feijão deve aumentar 2,44%, passando de 28.361 para 29.053 hectares.

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO TRIMESTRAL SIMAGRO

De acordo com o meteorologista da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flavio Varone, “não devemos ter estiagem no RS, pois o El Niño, extremamente forte, vai se estender para o início do próximo ano”.

Varone apresentou o Prognóstico Climático Trimestral para setembro, outubro e novembro, que indica para o Estado chuva acima da média na maioria dos municípios, com precipitação dentro da normalidade, com períodos de umidade acima da média na maioria das regiões, nos meses de outubro e novembro.

“O RS sempre tem estiagem em períodos curtos e em áreas isoladas, o que pode ocasionar algum prejuízo, conforme a fase da cultura”, ressalta Varone, ao observar que, pela alta umidade projetada para os próximos meses, as temperaturas médias para os dias, por estarem encobertos, serão amenas e as noites mais quentes.

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