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Empresas do Alto Uruguai buscam profissionais para posições estratégicas

Especialista em recrutamento fala sobre as características da região e os desafios para atrair executivos

Por Dionei Valler/Assessoria Publicado em 11/01/2023 17:26 - Atualizado em 03/06/2024 11:34

Contando com diversas empresas altamente industrializadas voltadas para os mercados de bens de capital e agronegócio, a região do Alto Uruguai, composta por 32 municípios, têm demandado executivos para posições estratégicas, como a de diretoria industrial e de operações. A movimentação tem sido notada pela Evermonte Executive Search, empresa especializada no recrutamento de lideranças, com sede em Porto Alegre e filiais em Florianópolis e São Paulo, e que vem ampliando a sua atuação no norte do estado.

“O Alto Uruguai possui muitas empresas com faturamento anual entre R$500 milhões e R$1 bilhão, que vêm desfrutando de um desenvolvimento contínuo nos últimos anos e estão praticamente ‘blindadas para a crise’, pois estão ligadas a setores como agronegócio, que permanecem crescendo apesar dos diferentes revezes econômicos. Por essa razão, existe a necessidade de incrementar a oferta local de executivos, sendo exigências fundamentais para momentos de expansão a fluência em línguas estrangeiras e experiência em setores específicos que tragam vantagens competitivas, como os de autopeças, aeroespacial e de indústria eletrônica”, afirma Felipe Ribeiro, sócio e cofundador da Evermonte.

Divulgação Evermonte

A chegada de novos profissionais, no entanto, contrasta com a característica dos gestores locais de construírem carreiras de longo prazo dentro de uma mesma companhia. “São os que chamamos de ‘prata da casa’, gestores com boa formação acadêmica, grande fidelidade e nível relacional forte tanto com a empresa quanto com a comunidade onde elas atuam. Porém, justamente por estarem há muito tempo na mesma empresa, estes profissionais acabam tendo uma visão muito específica da sua indústria e têm menor interesse em se movimentarem para outros projetos.”, detalha Ribeiro.

Por outro lado, apesar das vantagens encontradas na região pelos executivos que vêm de fora, como qualidade de vida, facilidade de deslocamento urbano e a opção de residir em condomínios ou propriedades rurais, Ribeiro alerta para os desafios enfrentados pelas empresas do Alto Uruguai para atrair profissionais de ponta, como a falta de aeroporto por restrição de malha aeroviária. “C-levels que fazem a diferença são atualmente disputados por empresas de todo o país e, em alguns casos, de todo o mundo. As remunerações da região estão aumentando, o que gera uma conta final positiva, pois o custo de vida em cidades menores é mais baixo. Porém, somente os atributos de qualidade de vida não são suficientes, e hoje, mais do que nunca, as empresas precisam trazer remunerações mais próximas dos mercados competitivos para montar um pacote de mobilidade atraente para o profissional”, finaliza.

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