Mesmo em meio à pandemia que paralisou o futebol e cessou a entrada de dinheiro nos cofres dos clubes, não se passa uma semana sem uma especulação sobre a possível contratação de um reforço pelo Inter. Todas, sem exceção, são rechaçadas pelos dirigentes por, em primeiro lugar, por não retratarem a realidade e, em segundo, porque o assunto não é bem vindo quando a prioridade dos homens que comandam o futebol é acertar uma redução salarial dos jogadores que já estavam no Beira-Rio antes do coronavírus.
Nos últimos dias, falou-se que o atacante Edinson Cavani e o meia Franco Cervi poderiam vir para o Inter. A informação sobre o primeiro foi divulgada pelo seu agente, que elencou o Inter como possível destino do uruguaio em julho, quando o seu contrato com o PSG se encerra. No caso do meia argentino, que atua no Benfica, a notícia veio de Portugal. Os dirigentes, negam qualquer tipo de negociação neste sentido. “O nosso grupo até o final do ano é esse que está aí. Temos outras prioridades neste momento”, enfatiza o vice de futebol Alessandro Barcellos, que trata pessoalmente com as principais lideranças do grupo um rebaixamento dos salários. As tratativas devem evoluir nos próximos dias.
Ontem, o presidente Marcelo Medeiros confirmou que os técnicos da área financeira do clube concluíram a análise dos cenários que se apresentam caso a paralisação dure 30, 60 ou 90 dias. A primeira opção já se esgotou e foi abandonada. No momento, não há convicção nem da viabilidade de uma retomada após três meses, ou seja, em junho. O objetivo de Barcellos é fechar as negociações com o grupo até meados da próxima semana. Assim, a redução salarial já valerá para o próximo pagamento da folha, em 5 de maio.
Os cortes não atingirão somente os jogadores. O Inter, diante da redução de receitas, está renegociando com praticamente todos os seus fornecedores. Dívidas bancárias também estão sendo alongadas para dar fôlego financeiro ao clube no momento.