Erechim: Contemplados falam sobre a realização da casa própria através do Lote Social

“Conquistar o sonho da casa própria aos 21 anos é a maior realização da minha vida. É muito gratificante”, disse a tosadora, Gizielei Gonçalves, contemplada no loteamento Bem Morar. Ela está entre as 334 pessoas sorteadas nos lotes sociais, realizado pela Prefeitura de Erechim, por meio da Secretaria de Obras Públicas, Habitação, Segurança e Proteção Social, sendo 103 lotes no Bem Morar e 231 no Arvoredo (Verdi).

Gizielei, que hoje está levantando as paredes da casa nova, lembra que no dia do sorteio, não estava acompanhando, porque tinha levado os documentos para participar no último dia, uns minutos antes de encerrar o prazo. “Então, eu não contava que iria ser sorteada. Mas aí neste dia, o meu marido mandou uma foto do vídeo em que mostrava que meu nome havia sido sorteado. Na hora, não acreditei. Deus deu essa benção pra nós. Estamos muito felizes por ter realizado nosso sonho de ter a nossa casa própria”, disse ela.

Outra contemplada nos lotes sociais foi a analista de folha de pagamento, Kathlen Da Silveira Jost. Atualmente, está com a casa erguida, paredes e telhado feitos e vai entrar na fase dos acabamentos.

Kathlen conta que, há algum tempo, vinha pesquisando lotes para realizar o sonho de construir e ter a casa própria. “Mas os valores em nossa cidade são altos”, disse. Ela lembra que quando surgiu o sorteio dos lotes sociais não pensou duas vezes e correu para fazer a inscrição.

“Não fui sorteada de primeira, fiquei em quinto lugar de suplente, mas logo me chamaram. Meu lote ficou no loteamento Bem Morar e gostamos bastante do lugar. Parece tranquilo e com perspectiva de crescimento. Sendo um lote social, o valor do terreno ficou mais acessível de adquirir”, comenta.

Kathlen explica que, no início, ela e o marido estavam um pouco preocupados se daria tudo certo e se conseguiriam fazer a obra, pois tinha que ter valor de entrada, sendo que poderia ser usado o FGTS. “Hoje, estamos com a obra praticamente chegando nos acabamentos, estamos orgulhos, felizes de realizar esse sonho, que por muitas vezes, teve que ser deixado de lado”, observa.

“Dá sim bastante correria até organizar a papelada, procurar engenheiro, construtora, passar por cartório e a Caixa Econômica”, observa Kathlen, contudo, ressalta, “mas tivemos a sorte de encontrar profissionais competentes, dedicados, como da Sulinvest e Ferrarese Engenharia e Arquitetura, que tiveram muita paciência, atenção conosco e, agora, sabemos que tudo é possível, com esforço e paciência em breve estaremos no nosso próprio lar”.

“Estou muito feliz em realizar o sonho da casa própria, e me sinto muito sortuda em ter sido sorteada entre tantas pessoas e assim contemplar mais uma realização pessoal”, afirma Roselaine De Aguiar, gerente de pessoa física numa cooperativa de crédito, que está com a casa quase pronta e também foi contemplada nos lotes sociais.

Lotes Sociais

O secretário de Obras Públicas, Habitação, Segurança e Proteção Social, Mario Rossi, explica que os lotes sociais se encaixam na Faixa 2 e tem 20% de subsídio do governo federal, e são destinados para quem tem renda de R$ 2 mil a R$ 4 mil. “E podem somar duas rendas, mãe e filha, por exemplo, que é o caso dos loteamentos Arvoredo e Bem Morar”, afirma. Ele acrescenta que neste caso a contrapartida do município é auxiliar com maquinário, mão de obra e obras de saneamento.

Hoje, o secretário comenta que no Bem Morar o metro quadrado está em torno de R$ 197,88 e no Arvoredo cerca de R$ 180,77, como a maioria dos terrenos são de 250 metros quadrados eles ficam na base de R$ 45 mil a R$ 49 mil. “O benefício de ser social é que tem valor de mercado menor, porque se fossem comercializados sem ser social valeriam no mínimo R$ 90 mil cada terreno”, observa.

Para ilustrar, ele cita o exemplo do loteamento Arvoredo, em que um terreno similar ao social, mais barato, com metragem de 212 metros quadrados, está sendo vendido a R$ 130 mil para particulares. “Assim, o lote social está cerca de 60% abaixo do valor de mercado, esse é um dos benefícios. O outro, é com relação às taxas de juros do financiamento, o Casa Verde e Amarela, que rege esses lotes, Faixa 2, cobra taxas de juros anuais de 5.5% até de 7%, se conseguir atingir o prazo e valor máximo do financiamento, R$ 170 mil e o maior prazo”, afirma.