Erechim registra avanço social com redução de famílias no Bolsa Família: mais de 660 conquistam autonomia em sete meses

Emprega Erechim – Trabalho + Inclusão tem papel fundamental no acolhimento e qualificação de beneficiários.

Por Redação/Comunicação PME Publicado em 25/07/2025 14:49 - Atualizado em 25/07/2025 14:53

Erechim está passando por uma transformação social significativa. Entre dezembro de 2024 e julho de 2025, 664 famílias deixaram de receber o Bolsa Família, o que representa uma média de três pessoas por dia rompendo com a dependência do programa para conquistar autonomia financeira e dignidade por meio do trabalho.

A redução no número de beneficiários – de 3.203 para 2.539 – não é vista como uma perda, mas sim como uma grande conquista coletiva. Esse avanço é resultado de ações integradas, como o projeto Emprega Erechim – Trabalho + Inclusão, desenvolvido pelas Secretarias Municipais de Assistência Social e de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo.

“O Bolsa Família é essencial para acolher quem mais precisa. Mas nosso maior objetivo é ver as pessoas deixando o programa por mérito próprio, com apoio, com oportunidade e com dignidade. E isso tem acontecido. Cada desligamento é uma vitória individual e coletiva”, afirmou o prefeito Paulo Polis.

Mais que capacitação: acolhimento e transformação

O Emprega Erechim – Trabalho + Inclusão surgiu como uma ampliação do programa Qualificar Erechim + Empregos e é voltado especialmente para usuários dos CRAS, incluindo beneficiários do Bolsa Família, mulheres chefes de família, desempregados, jovens em busca do primeiro emprego, pessoas com deficiência, imigrantes, refugiados e idosos que desejam retornar ao mercado de trabalho.

O projeto vai além da qualificação profissional. Ele oferece apoio completo, com serviços como orientação profissional, acompanhamento psicológico, corte de cabelo, roupas para entrevistas de emprego e outras ações de valorização da autoestima.

“Conquistar um emprego vai muito além de assinar a carteira. É recuperar a dignidade, resgatar a autoestima e enxergar um novo horizonte de possibilidades. [...] Nosso compromisso vai além de oferecer oportunidades: é acolher, orientar, preparar. Porque às vezes, tudo o que a pessoa precisa é de alguém que acredite nela”, destacou o secretário de Assistência Social, Micael Kasmirski.

Histórias que inspiram

Entre os muitos exemplos de superação está o de Letícia Fabiana Vitto, de 46 anos. Cega de um olho e com baixa visão no outro, Letícia recebeu apoio do CRAS e se associou à Associação dos Deficientes Visuais de Erechim (ADEVE), onde encontrou um novo caminho profissional. Está empregada há três anos e dois meses, e com seu próprio esforço, conquistou a casa própria.

“Hoje faz um ano que eu moro no meu apartamento e só tenho a agradecer: pelo Bolsa Família, no momento em que mais precisei, consegui me manter no básico e com todo apoio das meninas do CRAS. Sair do programa é uma sensação 100%, pois tu passa a ser capaz. Deixa de contar os dias para receber o benefício e passa a contar com teu salário. Tem muita diferença”, relatou Letícia.

Um futuro mais justo e autônomo

O movimento crescente de famílias deixando o Bolsa Família em Erechim mostra que políticas públicas integradas, com foco na inclusão produtiva e no acolhimento humano, geram resultados concretos. Cada desligamento do programa representa uma vida transformada, um novo capítulo de independência, e um exemplo de que é possível romper ciclos de vulnerabilidade com oportunidade e apoio adequado.