Cidade
Estiagem provoca situação de emergência em Frederico Westphalen
A prefeitura relata a falta d’água em dezenas de localidades da zona rural e as perdas no setor agrícola
O prefeito de Frederico Westphalen, José Alberto Panosso, assinou decreto de situação de emergência devido à estiagem que dura mais de dois meses no município. A prefeitura relata a falta d’água em dezenas de localidades da zona rural e as perdas no setor agrícola. A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), com sede na cidade, emitiu parecer favorável ao decreto de emergência.
Panosso disse que em todas as localidades do interior do município são registrados problemas relacionados à falta de água. “A maioria dos poços artesianos, açudes e bebedouros secaram ou tiveram o nível da água reduzido drasticamente, acarretando escassez de água para consumo humano e também animal”, observa.
Segundo a Emater/RS-Ascar, os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), nos últimos oito meses, registram que as precipitações foram de 723 milímetros de chuva, uma média de 90 milímetros por mês, muito abaixo da média histórica para o município, se transformando em uma das piores estiagens dos últimos 15 anos. A média histórica neste período é de 150 milímetros por mês.
A secretaria de Obras, Viação e Serviços Urbanos e Agricultura informou que estão sendo transportadas 80 cargas de água potável por mês, totalizando aproximadamente 700 mil litros de água mensalmente para famílias das linhas São José, Barra Grande, Lajeado Bonito, Brondani, Barra do Braga, 21 de Abril, São Roque, Alto Castelinho, Certo do Leão e São Luís.
A Emater informou, ainda, que os prejuízos causados pela estiagem, em Frederico Westphalen, se aproximam de R$ 27,82 milhões, especialmente com as perdas na produção de milho, feijão, e soja, além do setor de bovinocultura de leite.