Estudantes da URI exploram fauna e cultura no Uruguai em atividade de campo

Acadêmicos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas vivenciaram práticas integradas com foco em fauna silvestre, paisagens naturais e aspectos socioculturais.

Por Ascom URI Publicado em 01/07/2025 20:30 - Atualizado em 01/07/2025 21:37

Os Cursos de Medicina Veterinária e Ciências Biológicas da URI promoveram, de 18 a 22 de junho, uma atividade prática em campo além fronteiras, numa iniciativa que fez parte das disciplinas de Manejo de Fauna Silvestre e Fisiologia Animal. Os acadêmicos puderam contemplar a fauna e a paisagem da campanha gaúcha e do litoral do Uruguai quando foram elaborados ações unindo os elementos da paisagem aos aspectos socioculturais do país vizinho.

A viagem começou com a observação da fauna na Estação Ecológica do Taim e pela visitação à Fortaleza de Santa Tereza, já em território Uruguai, quando foi percorrida a trilha selvagem que liga Barra de Valizas ao Parque e ao Farol de Cabo Polônio. O trajeto incluiu uma travessia de barco, paradas no Cerro de la Buena Vista, na Piedra del Franciscano e uma longa caminhada pelas dunas de Cabo Polônio e pela Playa la Calavera, que leva este nome pela grande quantidade de carcaças de animais marinhos encontrados ao longo da praia. De Cabo Polônio o grupo silencioso para a entrada do Parque em um caminhão modificado, no melhor estilo safari.

Nesta atividade, os acadêmicos poderão observar diversas espécies como: lobo-marinho ( Arctocephalus australis ), leão-marinho ( Otaria flavescens ), tartaruga-cabeçuda ( Caretta caretta ), jacaré ( Cayman latirostris ), capivara ( Hydrochoerus hydrochaeris ) e tachã ( Chauna torquata ).
O último dia de viagem reservou uma visita à Fazenda La Pataia, em Punta del Este, passando pela Laguna Garzón e Farol José Ignacio. Para finalizar, o pôr do sol foi contemplado em Punta Ballena junto à Casa Pueblo.

Para o professor Jorge Reppold Marinho, responsável pelas disciplinas, e que acompanhou os acadêmicos, “esta atividade proporcionou um olhar mais contemplativo da natureza, principalmente da fauna e das paisagens litorâneas”. O professor destaca, também, que, neste período de convivência, é criada uma relação mais próxima entre as pessoas, fortalecendo o espírito coletivo.

Para a acadêmica Maria Pedott, “a viagem de estudos foi incrível, pois visitamos lugares históricos, conhecemos novas culturas e a diversidade de animais e vegetais. Foi uma experiência enriquecedora que nos permitiu crescer como estudantes e pessoas. Essa viagem foi, sem dúvida, uma das melhores experiências da minha vida.”

A integração entre professores dos cursos de Ciências Biológicas, Medicina Veterinária e de outros cursos também fortalece estas relações. As palavras de Heráclito resumem bem o sentimento de quem participou da viagem e aprendeu a vivenciar a natureza: “Os olhos e os ouvidos são ruínas para os homens se seu espírito é incapaz de aprender a linguagem da natureza”.