Agro
Estudo com 400 propriedades avaliará biosseguridade de rebanho bovino gaúcho
Com base nessas informações, será possível estabelecer diretrizes visando mitigar o risco de introdução e disseminação do vírus da febre aftosa nessas propriedades.
Um estudo em mais de 400 propriedades rurais do Rio Grande do Sul para avaliar a biosseguridade do gado bovino está em desenvolvimento pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), junto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os dados levantados servirão de base para realizar a avaliação de procedimentos de manejo e de biosseguridade adotados em propriedades rurais com bovinos no país. Com base nessas informações, será possível estabelecer diretrizes visando mitigar o risco de introdução e disseminação do vírus da febre aftosa nessas propriedades.
A coleta de dados, feita pelos técnicos da Seapdr, se iniciou na semana passada e ocorre até metade de julho, mediante visita agendada às propriedades que foram sorteadas para participar da pesquisa. Um questionário com 50 perguntas é aplicado, e os dados da entrevista, sigilosos, são inseridos no aplicativo Epicollect.
A partir dos resultados, um relatório será construído pela Divisão de Defesa Sanitária Animal do ministério, em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e enviado aos órgãos estaduais de sanidade animal participantes do estudo, para discussões internas e divulgação local.
A amostragem foi definida de forma estratificada, levando em consideração a proporção de propriedades existentes em relação ao total do Estado. Elas foram divididas em sete categorias, indo de produtores micro, que têm de uma a dez cabeças de gado, até propriedades muito grandes, com mais de 5 mil bovinos.
“No Rio Grande do Sul, por exemplo, temos 48,66% das propriedades com até dez bovinos. Então, essa mesma porcentagem deve ser aplicada na amostra total do estudo”, explica o fiscal estadual agropecuário Marcelo Göcks, da coordenação do Programa Estadual de Febre Aftosa da Seapdr.
Neste primeiro momento, participam do estudo, além do Rio Grande do Sul, os estados de Acre, Paraná, Rondônia e Santa Catarina, todos com status de zona livre de aftosa sem vacinação. “Apesar de focada na febre aftosa, essa avaliação será muito útil para mitigação de riscos na disseminação de qualquer doença infectocontagiosa que possa acometer os bovinos”, destaca Göcks.