AUTISMO

Estudo inovador revela como cordão umbilical pode ser a chave para a causa do autismo

Pesquisa japonesa descobre ligação entre ácidos graxos presentes no sangue do cordão umbilical e características do autismo

Por NDMais Publicado em 02/08/2024 20:03 - Atualizado em 02/08/2024 22:43


Um estudo inovador realizado por cientistas da Universidade de Fukui, no Japão, sugere que ácidos graxos presentes no sangue do cordão umbilical podem estar diretamente ligados às características do autismo em crianças.

Substâncias presentes no cordão umbilical podem ser a causa do autismo
O estudo envolveu 200 crianças e suas mães. Os pesquisadores quantificaram os níveis de ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) presentes no sangue do cordão umbilical e avaliaram as características do espectro autista em crianças aos seis anos de idade.

Foto: Pexels/ND

Os resultados revelaram que níveis elevados de algumas substâncias, especialmente o 11,12-diHETrE, derivados do ácido araquidônico, estavam associados a uma maior severidade das características do autismo.

Crianças com altos níveis de 11,12-diHETrE apresentaram sinais mais graves e mostraram dificuldades significativas na socialização. Além disso, baixos níveis de 8,9-diHETrE foram correlacionados com comportamentos repetitivos e restritivos.

O estudo, publicado no jornal científico Psychiatry and Clinical Neurosciences, também destacou uma especificidade de gênero, mostrando que essas associações foram mais frequentes em meninas que em meninos.

De acordo com Ministério da Saúde, o TEA (Transtorno do Espectro Autista) é caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, interferindo na capacidade de comunicação, linguagem, interação social e comportamento.

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