COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA

Estudo revela que sinais da velhice podem começar já aos 34 anos, segundo análise de proteínas no sangue

Com as descobertas científicas, os pesquisadores dividiram a vida humana em quatro grandes faixas etárias: juventude (até 33 anos), idade adulta (34 a 60 anos), maturidade tardia (61 a 75 anos) e velhice (acima dos 75 anos).

Por Redação AU Publicado em 20/06/2025 18:29 - Atualizado em 20/06/2025 22:08

Um estudo publicado na revista Nature Medicine, realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelou que os primeiros sinais de envelhecimento do corpo humano podem começar bem antes do que se imaginava: a partir dos 34 anos. A descoberta foi feita a partir da análise de mais de 4 mil amostras de sangue, com foco nas proteínas, que são responsáveis por diversas funções vitais no organismo.

Imagem de PublicDomainPictures por Pixabay

De acordo com o autor da pesquisa, Tony Wyss-Coray, a concentração e o comportamento das proteínas no sangue mudam significativamente ao longo da vida. “As proteínas são os cavalos de batalha das células que constituem o corpo, e quando seus níveis relativos sofrem mudanças substanciais, significa que você também mudou”, explicou o cientista. Com base nas alterações encontradas, os pesquisadores dividiram a vida humana em quatro grandes faixas etárias: juventude (até 33 anos), idade adulta (34 a 60 anos), maturidade tardia (61 a 75 anos) e velhice (acima dos 75 anos).

A pesquisa também revelou que a produção de proteínas pelo corpo diminui progressivamente em cada uma dessas fases, até cessar quase totalmente. Uma das hipóteses para essa interrupção é o desgaste do DNA, que passa a ter dificuldades para se reparar, impactando diretamente na manutenção das funções celulares. Esse processo seria um dos principais responsáveis pela deterioração das condições físicas associadas ao envelhecimento.

Embora, oficialmente no Brasil, a velhice seja reconhecida a partir dos 60 anos, especialistas destacam que o processo de envelhecimento é multifatorial e não depende apenas da idade cronológica. Ele envolve dimensões biológicas, sociais e psicológicas. Há pessoas que apresentam sinais físicos mais cedo, enquanto outras mantêm alto vigor físico e mental mesmo em idades avançadas.

O estudo chama atenção também para os diferentes tipos de envelhecimento: o biológico, que envolve mudanças orgânicas e declínio funcional; o social, com alterações nos papéis sociais e relações; e o psicológico, com impacto nas motivações, comportamentos e capacidades cognitivas. A velhice, portanto, é vivida de forma única por cada pessoa, dependendo de sua saúde, ambiente, estilo de vida e história de vida.

Apesar das alterações naturais no corpo, a velhice não é sinônimo de incapacidade. Muitos idosos seguem ativos, envolvidos em atividades sociais, culturais e profissionais. O estudo reforça a importância de hábitos saudáveis ao longo da vida, que podem retardar ou suavizar os efeitos do envelhecimento, promovendo uma vida mais longa e com qualidade.

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