Agro
Exportação de carne suína eleva o preço pago ao produtor
A China vai lançar uma série de atividades no mês que vem para impulsionar o consumo doméstico. Isso vai provocar um aumento significativo da exportação brasileira.
O cenário da suinocultura volta ser animador e motiva os produtores a manter os investimentos. Após quedas no preço pago aos produtores, o setor está reagindo nas últimas semanas e já atinge percentual registrado no final de 2020.
A Associação dos Criadores de Suínos de Santa Catarina aponta as exportações como fator positivo. O presidente da ACCS, Losivânio Luiz de Lorenzi, lembra dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o Cepea sobre as cotações do suíno vivo e da carne que continuam em movimento de recuperação.
Além do bom ritmo das exportações, o aumento no consumo de carne suína no mercado brasileiro e a expectativa de flexibilização da quarentena também favoreceram as vendas internas.
De Lorenzi afirma que a China vai lançar uma série de atividades no mês que vem para impulsionar o consumo doméstico.
Os chineses são os maiores compradores da carne suína brasileira. Para o presidente da ACCS, isso é fundamental manter uma margem de lucro ao produtor rural devido ao câmbio favorável com alta do dólar. Losivânio Luiz de Lorenzi comemora o novo recorde nas exportações. No primeiro trimestres deste ano foram vendidas 224 mil toneladas de carne suína. No mesmo período do ano passado foram 180 mil.
A China comprou 128 mil toneladas. O segundo maior comprador, Hong Kong ficou com com 25 mil toneladas. De Lorenzi diz que estes números refletem bem a importância dos chineses. Pois a diferença do primeiro para o segundo maior parceiro do Brasil é de 123 mil toneladas apenas nos três primeiros meses do ano.
Questão sanitária permite venda para Japão e Estados Unidos. São mercados extremamente exigentes e que aceitam a carne suína brasileira, especialmente de Santa Catarina que lidera os padrões de qualidade exigidos no exterior. O presidente da ACCS, Losivânio Luiz de Lorenzi diz que é preciso seguir ritmo de cuidados com doenças e com isso garantir aumento no preço da carne suína.
Ele reforça que a projeção é de um longo período de exportação em alta, principalmente para a China que segue enfrentando problemas sanitários. Segundo De Lorenzi, doenças em suínos afetam outros países da Europa e o Brasil está bem cotado para exportar devido as condições sanitárias favoráveis.