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Economia

Exportações industriais do Rio Grande do Sul fecham o ano em queda

Principais destinos (China e Argentina) reduziram as compras externas. A queda foi de 11,5% em relação ao ano anterior.

Imprensa/FIERGS
por  Imprensa/FIERGS
13/01/2020 15:32 – atualizado há 4 anos
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As exportações industriais do Rio Grande do Sul fecharam 2019 com US$ 12,2 bilhões, uma queda de 11,5% em relação ao ano anterior. O resultado fraco é consequência da redução das vendas para parceiros comerciais relevantes no acumulado do ano, com destaque para China (-11,4%) e Argentina (-36,3%). Os setores que mais sofreram com essa queda foram os de Químicos (-9,2%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,3%). “A crise da Argentina vêm diminuindo as vendas para lá e ainda não encontramos nichos de substituição deste mercado, já que a maior parte dos setores estão em queda nos negócios com o país vizinho”, ressalta o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, ao divulgar a pesquisa nesta segunda-feira (13).

Em dezembro, as vendas externas da indústria gaúcha totalizaram US$ 968 milhões, caracterizando uma retração de 16,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A análise por setores de atividades econômicas mostra que, dos vinte e três segmentos da indústria de transformação exportados em dezembro, dezoito registraram queda sob a base de comparação mensal. Destacam-se os setores de Químicos (-30,8%), Tabaco (-46,1%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias (-31,2%). A queda dos setores de Químicos é reflexo da retração em produtos químicos orgânicos (-28,2%), puxada pela menor demanda de produtos petroquímicos básicos, enquanto a queda do setor de Tabaco ocorre devido à antecipação dos embarques realizados nos meses anteriores. O setor de Veículos automotores, reboques e carrocerias ainda sofre com a crise argentina, mas também responde à menor demanda chilena no mês.

Conforme os meses anteriores, o setor de Alimentos registrou alta de 31,3%, configurando o oitavo crescimento consecutivo sob a comparação mensal. Os grupos de Carne de frango in natura (+130,5%) e de Carne de suíno in natura (+111,6%), com maior participação no complexo carne, mais do que dobraram, enquanto o grupo de Carne de boi in natura (+190,3%) quase triplicou. O aumento do complexo carne ainda é consequência da maior demanda chinesa.

Com relação às importações, o Estado adquiriu US$ 684 milhões em mercadorias, uma retração de 25,1% ante dezembro do ano passado. Por sua vez, no acumulado do ano de 2019, o Rio Grande do Sul importou US$ 9,9 bilhões, configurando queda de 12,2% em relação a 2018. Todas as Grandes Categorias Econômicas apresentaram retração em 2019 na comparação mensal, com exceção da categoria de Combustíveis e lubrificantes (+49,8%), por se tratar de um efeito sazonal. As variações das demais categorias foram: Bens intermediários (-49,2%), Bens de capital (-4,3%) e Bens de Consumo (-15,2%). Cabe destacar a queda de Bens Intermediários, puxada fortemente pela redução do consumo de Insumos industriais elaborados (-56,7%).

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