Segurança
Falsos sequestros de crianças em SC faz polícia pedir ajuda da população
Polícia faz apelo para que mensagens não sejam compartilhadas antes de se ter certeza que a informação é verdadeira.
Alertas sobre quadrilhas que estariam agindo com sequestros de crianças em Santa Catarina ganharam força nos últimos dias nas redes sociais. Áudios que relatam raptos infantis feitos por grupos armados para a venda de órgãos, ou que descrevem a circulação de pessoas suspeitas em determinados bairros na busca por seus alvos, são compartilhados massivamente entre famílias que moram em diferentes cidades do Estado.
Graves, as informações já alarmaram a população em cidades do Oeste e do Sul catarinense, do Vale do Itajaí e, mais recentemente, da Grande Florianópolis, segundo publicação do jornal Diário Catarinense, nesta sexta-feira(22).
No Oeste de SC, os áudios viralizaram em ao menos duas cidades: Chapecó e Videira. Já no Sul catarinense, as mensagens foram compartilhadas principalmente em Tubarão, com relatos, também, em Criciúma, Morro da Fumaça, Balneário Rincão, e Jaguaruna. As fake News invadiram a região Alto Uruguai do Rio Grande do Sul recentemente.
Em ambas as regiões, a Polícia Civil investigou as denúncias e concluiu que os suspeitos seriam pessoas desconhecidas da comunidade, mas não criminosas. Em um dos casos, o delegado responsável pela investigação chegou a divulgar um vídeo esclarecendo os fatos. Não houve registros de sequestros nessas cidades.
Já na região da Capital catarinense, um áudio recente com informações bastante graves tem assustado os moradores. Uma pessoa descreve a ação de uma quadrilha, que teria invadido um shopping na cidade de São José, e raptado dos braços da mãe a criança escolhida. O áudio diz que a informação é de um policial e passa a ser compartilhado como alerta entre conhecidos e desconhecidos.
A informação chegou à Polícia Civil na quarta-feira (20). Procurada, a delegada regional de Palhoça, Michele Alves Correa Rebelo informou que essa suposta ameaça é falsa: Segundo a delegada, equipes policiais atuam na área comercial citada no áudio, onde não houve qualquer ação criminosa envolvendo crianças.
- Nenhuma movimentação ocorreu. E mesmo que ocorresse, há câmeras por todos os lados, além dos policiais - assegura.
- Não recebemos nenhuma denúncia, quanto mais um registro dessa natureza. Se algo dessa gravidade tivesse realmente ocorrido, já teríamos tomado providências.