Segurança

Família aponta erro médico como causa da morte de mulher em Carazinho e pede justiça

"Nenhum tipo de processo trará a minha mãe de volta, mas a justiça precisa ser feita para que outras famílias não passem pela mesma dor", destaca Mateus Leal.

Por Rádio Uirapuru Publicado em 18/02/2021 16:38 - Atualizado em 03/06/2024 09:48

A Polícia Civil de Carazinho está investigando a morte de uma mulher após passar por uma cirurgia para retirada de um tumor benigno no útero, no início do ano. Rosemar Leal da Silva, de 48 anos, é mãe do ex-funcionário da  Rádio Uirapuru de Passo Fundo, o jornalista Mateus Leal.

No dia 25 de janeiro, Rosemar deu entrada no Hospital de Caridade de Carazinho para remover um mioma no útero. O procedimento, que na teoria seria simples, por vídeo, para ser menos invasivo, teve complicações e depois de três dias, Rosemar não resistiu e acabou morrendo.

Conforme Leal, durante dois dias, Rosemar se queixou de fortes dores e nada foi feito pela equipe médica, inclusive disseram que Rosemar estava sendo dramática e depressiva, porém, segundo o filho da vítima, ela nunca teve nenhum quadro depressivo. Antes de realizar qualquer tipo de exames, a equipe médica deu um laxante a Rosemar e a submeteu a duas lavagens intestinais. Logo após isso foi feito um exame de Raio X onde foi constatado a perfuração do intestino.

Rosemar foi submetida então a uma nova intervenção cirúrgica e durante a anestesia teve uma parada cardíaca, ela saiu da sala de cirurgia em coma e foi direto para o Centro de Tratamento Intensivo – CTI. Na quinta-feira (28/01) às 8h20min Rosemar veio a óbito, após uma nova parada cardíaca.

Conforme Leal, a família aponta que um grave erro médico tenha acontecido durante a cirurgia. Pois tanto o laudo médico quanto o atestado de óbito apontam que o intestino de Rosemar foi perfurado. A família procurou a Delegacia de Polícia de Carazinho onde foi feito um boletim de ocorrência. A família entrou na Justiça, que determinou a exumação do corpo. Ainda não há previsão de quando sairá o resultado do procedimento.

“Nenhum tipo de processo trará a minha mãe de volta, mas a justiça precisa ser feita para que outras famílias não passem pela mesma dor”, destaca Leal.

A família clama por justiça e pede um posicionamento do Hospital de Caridade de Carazinho, que até o momento não se posicionou sobre o caso. O caso foi denunciado ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), que abriu uma sindicância para investigar o que aconteceu.

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