CIGARRO ELETRÔNICO

Comissão no Senado deve decidir nesta terça se legaliza cigarro eletrônico

Atualmente, produção e venda de cigarro eletrônico é proibido pela Anvisa; regulamentação pode render R$ 2,2 bilhões em impostos

Por R7 Publicado em 20/08/2024 08:08 - Atualizado em 20/08/2024 08:54

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado pode votar nesta terça-feira (20) o projeto de lei que legaliza os cigarros eletrônicos no Brasil. Atualmente, a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda desses dispositivos são proibidos. A votação do texto foi adiada várias vezes devido à falta de consenso entre os senadores.

O cigarro eletrônico é um dispositivo com bateria que simula o ato de fumar sem queimar tabaco. Ele aquece um líquido, geralmente com nicotina e aromatizantes, e transforma esse líquido em vapor para inalação. Os produtos estão em diferentes formatos, como canetas ou dispositivos que lembram pen drives.

Apesar de ser proibido no Brasil desde 2009 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os cigarros eletrônicos ainda são encontrados no mercado e comercializados de forma ilegal.

O relatório do senador Eduardo Gomes (PL-TO) recomenda a aprovação do projeto, mas propõe algumas alterações ao texto original. Entre as mudanças, o senador aumentou a multa para quem vender cigarros eletrônicos a menores de 18 anos. No texto original, apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), a multa era de R$ 10 mil. Com a modificação, o valor foi dobrado para R$ 20 mil.

O texto também define conceito de DEFs (dispositivos eletrônicos para fumar) e estabelece uma série de requisitos para a comercialização desses produtos.

Os senadores contrários à matéria argumentam que a regulamentação dos cigarros eletrônicos pode aumentar a pressão sobre o SUS (Sistema Único de Saúde), gerar uma maior demanda por cuidados familiares e resultar em perda de produtividade na economia. Além disso, 34 organizações de saúde enviaram uma carta aberta aos senadores, pedindo que a proposta não seja aprovada.

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