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Fecomércio-RS pede ajustes em protocolo que prevê comprovante de vacinação e testagem irrestrita
Comprovante de vacinação é exigido para eventos, cinema, parques, feiras e outros espaços de grande circulação.
A Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul) enviou ao governo do Estado um ofício com considerações sobre os novos protocolos para o enfrentamento da Covid-19, implementados por meio do Decreto 56.120/2021.
As regras determinam a exigência de comprovante de vacinação para o ingresso em eventos, cinema, parques, feiras e outros espaços de grande circulação, bem como estabelecem, em alguns casos, a testagem de colaboradores e frequentadores dessas atividades.
No ofício, a Fecomércio-RS chama a atenção para as dificuldades que o comércio e o setor de serviços encontram para implementar tais medidas e sugere alterações nos protocolos. A entidade alerta que a checagem dos certificados de vacinação exigiria um grande número de colaboradores dedicados a essa função e atrasaria o ingresso de consumidores em espaços de grande circulação, já que, além dos certificados, há pessoas que apresentam atestados em diversos formatos para justificar o atraso ou a impossibilidade de vacinação, o que dificulta a conferência da conformidade do público com a norma.
“Além disso, considerando o cenário de ampla adesão da população adulta à vacinação, conforme números divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde, a medida traria pouca contribuição efetiva ao combate à Covid-19 frente ao seu custo”, afirmou a entidade.
Da mesma forma, conforme a federação, a exigência de testagem em massa, sem um sistema de rastreamento de casos positivos e em um ambiente de vacinação avançada traria poucos benefícios em relação aos gastos gerados por essa medida.
A Fecomércio-RS sugeriu ao governador Eduardo Leite algumas adaptações nos protocolos de monitoramento. Conforme a entidade, essas propostas contemplam o estabelecimento de prazos de validade e previsões de flexibilização conforme o avanço da vacinação no Estado, graduações de flexibilização para municípios com elevados níveis na vacinação e a revisão dos protocolos que exigem testagem irrestrita.
“A expectativa é conferir mais efetividade às medidas de controle da pandemia e reduzir custos desnecessários a consumidores e empresas”, explica a federação.