Esporte
Final da Libertadores não é jogo de vida ou morte, diz Abel Ferreira
Para técnico do Palmeiras, sob pressão estão os médicos na pandemia
Diante do avanço da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no Brasil e no mundo, o técnico do Palmeiras, o português Abel Ferreira, rejeitou nesta sexta-feira (29) a ideia de que a final da Copa Libertadores amanhã (30) contra o Santos seja um jogo de vida ou morte, embora sua equipe esteja focada em conquistar o bicampeonato continental para o Palmeiras e lhe dar seu primeiro título como treinador.
Para o português, a verdadeira pressão num momento de pandemia que já matou mais de 220 mil pessoas só no Brasil está sobre médicos, enfermeiros e profissionais de saúde na linha de frente do combate à covid-19.
"Tenho 57 e o Abel 42 anos, mas isso não é vantagem. Com 42 eu tinha uma energia maior que tenho hoje. O Abel vai ter muitos títulos quando tiver 57 anos, porque ele é um ótimo treinador. Seguirá o caminho de conquistas", disse Cuca, afirmando, no entanto, esperar que a sequência de troféus do português não comece no sábado (30).
A temporada do Santos foi marcada por problemas financeiros, políticos e administrativos, o que faz da presença da equipe na decisão da Libertadores uma surpresa para muitos. Já o Palmeiras, além da final continental, também decidirá a Copa do Brasil contra o Grêmio e tem uma boa posição na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro que deve lhe assegurar vaga na competição continental na próxima temporada, independente do resultado de sábado.
"A palavra medo não existe. Você pode ter cuidado maior, mas medo não", garantiu Cuca.
Essa será a terceira vez que duas equipes brasileiras decidem a Libertadores e a primeira vez que a final será disputada sem presença de público, por causa da pandemia.