Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Pixabay
Saúde

Fiocruz aponta que crianças têm mais chance de pegar o coronavírus do que de transmitir a doença

O ensaio sugere que a reabertura de escolas e creches é segura, a partir da imunização dos profissionais da saúde e de medidas de prevenção para a transmissão do SARS-CoV-2.

O Sul
por  O Sul
10/05/2021 13:46 – atualizado há 3 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

Um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), aceito para publicação na importante revista médica Pediatric, mostra que as crianças têm mais chance de pegar a Covid-19 do que de transmitir a doença para pessoas acima dos 18 anos.

O ensaio sugere que a reabertura de escolas e creches é segura, a partir da imunização dos profissionais da saúde e de medidas de prevenção para a transmissão do SARS-CoV-2.

A Fundação, em parceria com a Universidade da Califórnia e a Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres, pesquisou 259 famílias da comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro, sendo 323 crianças (0 a 13 anos), 54 adolescentes (14 a 19 anos) e 290 adultos. Os voluntários foram monitorados de maio a setembro de 2020.

14 crianças (13,9%) apresentaram o teste PCR positivo. 25% dos infectados tinham menos de um ano e 21% era da faixa etária de 11 a 13 anos. O ensaio detectou que todas as crianças doentes tinham um adulto ou contato domiciliar adolescente com suspeita ou confirmação de SARS-CoV-2 antes do diagnóstico na criança.

Os resultados são compatíveis com a teoria de que os pequenos foram infectados após ou ao mesmo tempo que o adulto, principalmente quando a pessoa infectada era é o pai ou a mãe. No começo da pandemia, em 2020, acreditava-se que as crianças poderiam ser as grandes transmissores da doença, já que no caso da gripe e de outras doenças respiratórias elas são as responsáveis por espalhar as infecções.

A pesquisa ainda ressalta a importância de incluir crianças na campanha de vacinação. Já que, se os adultos foram imunizados e os mais novos não, eles podem continuar a manter a circulação da doença. A tese leva em conta a diferença entre as estratégias de vacinação para proteção individual e as estratégias para alcançar a imunidade do rebanho.

Se no mínimo 85% de indivíduos precisam ser imunizados para conter a pandemia, este nível de proteção só pode ser alcançado com a inclusão de crianças nos programas de imunização, principalmente no Brasil, onde 25% da população tem menos de 18 anos.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE