Segurança
Gaúcho demitido é morto após invadir casa de ex-chefe e fazer família refém em SC
Segundo a Polícia Civil, ele liberou duas filhas do ex-patrão ao longo da manhã e o filho durante a tarde; esposa foi a última a sair. Drama durou 10 horas.
Quase 10 horas depois de ter a casa invadida por um homem de 28 anos em Balneário Gaivota, no Sul de SC, uma mulher de 36 anos, a última de quatro reféns, foi liberada pelo sequestrador por volta das 17h desta segunda-feira (5). A vítima saiu da casa, ao encontro dos três filhos e do marido, sem ferimentos. O autor do sequestro, ex-funcionário do dono da casa invadida, foi baleado e morto após investir contra os policias com uma faca. As informações são da Polícia Civil.
Responsável pelo caso, o delegado Luiz Otavio Pohlman relatou ao jornal Diário Catarinense que o suspeito atacou os policiais quando a vítima já estava liberada, no momento em que se iniciou o trabalho de rendição do sequestrador.
Os policiais fizeram uso de armas não letais, com granadas de efeito moral, som e luz, e neste interim (o autor) investiu com a faca contra os agentes públicos. Então os policiais desferiram disparos de arma de fogo, os quais o atingiram - explica.
O sequestrador invadiu a casa do ex-patrão por volta das 7h30min desta segunda e fez refém, com uso de uma faca, a esposa e os três filhos do homem. A ação teria sido motivada por uma demissão.
Conforme as informações da Polícia Civil, o ex-patrão é dono de uma empresa de construção civil e o homem de 28 anos trabalhava como seu funcionário, mas foi demitido. O empresário, principal alvo da ação, não estava no local no momento da invasão.
Com o passar das horas, o sequestrador começou as liberações. A primeira foi uma criança de quatro anos, ainda pela manhã. Logo depois, outra filha, de 15 anos, foi liberada. Já a tarde, o filho mais velho do casal, de 16 anos, foi solto.
Mensagem para familiares do RS
Depois que os três filhos do ex-patrão estavam a salvo, e cerca de 9h depois de iniciar a ação, o sequestrador pediu para falar com uma jornalista, meio que encontrou para mandar uma mensagem aos próprios familiares, que moram em Alvorada, no Rio Grande do Sul.
- Foi oportunizado conversar com uma jornalista em comum acordo com a negociação e o acusado. É um procedimento que faz parte das negociações - disse o delegado Luiz Otavio Pohlman.
Na mensagem enviada aos familiares, através de uma rádio local, o homem teria pedido desculpas aos familiares e às vítimas, inclusive ao ex-patrão.