Política
Governadores da oposição vão esvaziar ato do 8 de Janeiro com Lula
Considerado o provável herdeiro dos votos de Bolsonaro em uma possível eleição presidencial, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas também não vai comparecer ao evento.
Governadores ligados à oposição e ao ex-presidente Jair Bolsonaro não devem comparecer ao evento que será promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 8 de janeiro de 2024, para marcar o “aniversário” de um ano dos atos antidemocráticos que tomaram Brasília. Embora o Palácio do Planalto ainda não tenha enviado os convites, alguns chefes de Executivo já adiantaram que não vão conseguir participar do ato.
É o caso governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) Ele já avisou ao Planalto que estará de férias no início de janeiro e, por isso, não conseguirá comparecer ao evento. Apoiador da reeleição de Bolsonaro, Ibaneis foi afastado do cargo, no dia dos atos, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por “conduta dolosamente omissiva”. Ele só voltou ao cargo em 15 de março. A assessoria de imprensa do governo do Distrito Federal informou, em nota, que a vice-governadora Celina Leão (PP) comparecerá ao evento com Lula.
Considerado o provável herdeiro dos votos de Bolsonaro em uma possível eleição presidencial, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também não vai comparecer ao evento organizado por Lula. O Palácio dos Bandeirantes informou que o governador está na Europa e não retorna ao País antes do ato. O vice Felício Ramuth (PSD) também não estará no Brasil no próximo dia 8.
Filiados ao mesmo partido de Bolsonaro, os governadores do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, Cláudio Castro e Jorginho Mello, informaram, por meio das respectivas assessorias, que ainda não sabem se vão conseguir comparecer ao evento. Já a assessoria do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), declarou que o convite para o ato não foi feito. O governo de Minas Gerais, comandado por Romeu Zema (Novo), também foi procurado mas não retornou.
Proposto por Lula, o ato em 2024 é para lembrar os ataques aos prédios públicos e reforçar compromissos com a democracia. Na última semana, em reunião ministerial, Lula afirmou estarão presentes os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo, Luís Roberto Barroso. Ele também pediu a presença de ministros do governo.