Rio Grande do Sul

Governo do RS pede que municípios priorizem grupos de risco para 3ª dose com intervalo reduzido

Decisão difere da orientação do Ministério da Saúde, anunciada na terça-feira, que liberava a dose de reforço para toda população adulta acima de 18 anos.

Por Correio do Povo Publicado em 18/11/2021 16:59 - Atualizado em 03/06/2024 10:51

Alegando estoque estadual insuficiente de vacinas, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) recomendou, nesta quinta-feira, que a redução do intervalo entre a segunda dose e a dose de reforço para cinco meses siga priorizando grupos já contemplados – idosos, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos – e demais grupos considerados de risco. A decisão difere da orientação do Ministério da Saúde, anunciada na terça-feira, que liberava a dose de reforço para toda população adulta acima de 18 anos.

De acordo com a SES, a ampliação para menores de 60 anos deve priorizar aqueles com maior risco, como as pessoas com comorbidades, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, população em situação de rua, pessoas com deficiência, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. Cerca de 339 mil pessoas (entre 18 e 59 anos) que se enquadram nesses casos acima fecharão o intervalo de cinco meses até o final de dezembro.

Segundo a secretária estadual Arita Bergmann, o limitador da oferta no momento é o fato de que ainda não foram entregues pelo Ministério da Saúde doses específicas para o reforço das pessoas de 18 aos 59 anos. Por isso, apesar da liberação do uso nessas idades, a SES pede que municípios priorizem aqueles que têm maior risco.

O governo estadual destacou ainda que, em paralelo, e de acordo com a disponibilidade de doses no município, as demais pessoas acima de 18 anos podem fazer a dose de reforço obedecendo o intervalo de cinco meses entre as doses. O acordo foi firmado com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS).

Conforme a secretária adjunta Ana Costa, “os cinco meses de intervalo serão o balizador para a dose de reforço, um critério mínimo que será exigido”. Ela reforça a necessidade de haver por parte dos municípios um chamamento específico para essas populações de maior risco de desenvolver casos graves e evoluir ao óbito por covid-19. “Temos entre o total de pessoas que já completaram os cinco meses, algumas que necessitam maior atenção, muitos precisam inclusive ser procurados em busca ativa, como os indígenas e quilombolas”, exemplifica.

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