Rio Grande do Sul
Governo do RS recomendará horário estendido nos postos de saúde contra o coronavírus
Conforme nota oficial, a atenção das unidades aos casos menos graves de Covid-19 se torna essencial no cenário de sobrecarga hospitalar.
A Secretaria da Saúde e a presidência do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde realizaram uma reunião na noite deste domingo (28) para construir, em conjunto, uma nota de orientação aos gestores municipais sobre a importância do atendimento de pacientes com sintomas leves de coronavírus nos postos de saúde de todo o Estado. A nota oficial será divulgada nesta segunda-feira (1/3).
As unidades básicas de saúde, por estarem presentes em todos os municípios gaúchos, exercem papel fundamental no cuidado aos pacientes com Covid-19. “Precisamos aumentar essa presença e potência agora, em função do momento crítico que vivemos”, afirma a diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Ana Costa.
Outra providência acertada no encontro foi o levantamento, a cargo do Cosems, que irá indicar municípios que necessitem de tendas do Exército para reforçar a triagem de pacientes em unidades de maior porte. A Defesa Civil do RS já foi acionada.
“Mais do que nunca, é hora de manter as unidades básicas de saúde abertas e funcionando, se possível, em horários estendidos e nos finais de semana, para garantir que toda a população possa ter acesso a atendimento de saúde e não lote as UPAS e as emergências”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Dados do dashboard de leitos, disponível em covid.saude.rs.gov.br, indicavam, às 23h deste domingo (28/2), uma taxa de ocupação de 96,4% dos leitos de UTI Covid no Estado, com 1.595 pacientes com coronavírus internados. Os leitos privados apresentavam 118% de ocupação, o que representa que há mais pacientes sendo atendidos nesses hospitais do que a capacidade instalada.
Para o presidente do Cosems e secretário de Saúde de Canoas, Maicon Lemos, o momento difícil da pandemia no Estado exige apoio integral de todas as equipes de atenção básica, que desempenham papel fundamental na porta de entrada do SUS. “É preciso ampliar este acesso para desafogarmos as UPAS e os prontos socorros”, diz Maicon.