VIOLÊNCIA
Homem mata três, fere nove e é encontrado morto em Novo Hamburgo
Pai e irmão do atirador morreram, após denúncia de maus tratos
Um homem matou a tiros o pai, o irmão e um policial militar na cidade de Novo Hamburgo (RS), região metropolitana de Porto Alegre, na madrugada desta quarta-feira (23).
Ao todo, nove pessoas ficaram feridas em meio ao tiroteio, incluindo policiais militares, um guarda municipal e civis. Nas primeiras horas da manhã, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul entrou na casa onde o atirador estava e encontrou o homem morto.
“Segundo informações preliminares, um desentendimento familiar teria desencadeado a ocorrência”, informou a brigada militar em seu perfil na rede social X. Pelo Instagram, a corporação confirmou a morte do soldado Everton Kirsch, do 3º Batalhão da Polícia Militar, durante o cerco ao local.
“O militar restou ferido fatalmente durante o cumprimento do dever, arriscando a própria vida pela segurança e proteção do povo gaúcho”.
Entenda
Em coletiva de imprensa, a brigada militar informou que, na noite de terça-feira (22), o pai do atirador entrou em contato com o Disque 190 relatando maus tratos por parte do filho.
Uma guarnição foi despachada para o endereço e, pouco tempo depois, o atirador iniciou os disparos – contra a própria família e contra os policiais que atendiam a ocorrência.
Outras viaturas foram deslocadas para o local. O atirador permaneceu todo o tempo dentro da residência.
No início da manhã, depois de a brigada militar verificar que o homem estava caído no interior da casa, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez uma varredura no local e autorizou o acesso de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à residência. Neste momento, a morte do atirador foi constatada.
A brigada militar ainda não confirma a origem do disparo que matou o atirador e aguarda o trabalho de perícia.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul assumiu o caso e deve investigar, inclusive, a origem do armamento utilizado pelo homem e se ele tinha posse (permissão para adquirir arma de fogo) ou porte (autorização para andar ou utilizar arma de fogo).
Entre os mortos, estão:
- O pai do atirador, Eugenio Crippa, de 74 anos,
- O irmão do atirador, Everton Crippa, 49 anos;
- O policial militar Éverton Kirsch Júnior, de 31 anos. Ele havia acabado de se tornar pai, deixando a esposa e um bebê recém-nascido;
- O atirador, Edson Fernando Crippa, de 45 anos, também foi achado morto.
Outras nove pessoas ficaram feridas, sete delas PMs, conforme as informações preliminares. Entre os hospitalizados, estão:
- a mãe do atirador, Cleris Crippa, de 70 anos; em estado grave
- a cunhada do atirador, Priscilla Martins, de 41 anos, também em estado grave.