Homenagem a líder do MST na Assembleia do RS gera reações contrárias

A medalha do Mérito Farroupilha, maior distinção da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, será entregue para João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), no dia 16 de dezembro. A homenagem é de autoria do deputado Adão Pretto Filho (PT).

Na véspera da última votação antes do recesso parlamentar, Stédile estará presente na Casa para receber a medalha. Por parte de deputados de direita, o ato gera indignações.

Foi a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa que aprovou a homenagem ainda em fevereiro deste ano.

“Tivemos mais de 25 mil assinaturas em repúdio a essa homenagem a um líder de movimento conhecido por invasões e táticas criminosas. É um desrespeito aos gaúchos”, criticou o deputado Capitão Martim (Republicanos), que recolhe um ofício para ser entregue à presidência do Legislativo.

Já o proponente da homenagem argumenta que “é um reconhecimento ao trabalho desenvolvido por Stédile ao longo dos anos, tanto no Rio Grande do Sul quanto no país, sobretudo pela democratização do acesso à terra, a produção de alimentos saudáveis e o combate à fome, que hoje é uma das principais causas do MST”.
A entregue da honraria foi aprovada em fevereiro deste ano por unanimidade entre a Mesa Diretora da Casa.

Quem é João Pedro Stédile

Com 70 anos, Stedile é natural do município de Lagoa Vermelha, no Nordeste do Estado. É graduado em economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) e pós-graduado pela Universidade Nacional Autônoma do México. Em 1984, participou da fundação do MST e hoje coordena nacionalmente o movimento.

Veja como é formada a mesa:

Presidente
Adolfo Brito, do PP;

1º vice-presidente
Paparico Bacchi, do PL
,
2ª vice-presidente
Eliana Bayer, do Republicanos;

1º secretário
Pepe Vargas, ,

2º secretário
Vilmar Zanchin, MDB

3º secretário
Luiz Marenco,

4º secretário
Thiago Duarte