Cidade
Hospital Santa Terezinha retoma as cirurgias eletivas
Por causa da pandemia vários serviços e procedimentos de saúde foram paralisados na instituição.
A Fundação Hospitalar Santa Terezinha (FHSTE) está retomando, de forma gradual e de acordo com os protocolos sanitários, as cirurgias eletivas. Durante o processo pandêmico, que teve seu início na região em março de 2020, portanto há mais de 18 meses, vários serviços e procedimentos de saúde foram paralisados na Casa de Saúde em virtude das orientações técnicas e dos cenários agravados, o que gerou, inevitavelmente, uma demanda reprimida (filas de espera).
“Uma das áreas mais afetadas foi a das cirurgias eletivas, que atualmente está com uma demanda de aproximadamente três mil procedimentos. Com a melhora do cenário da epidemia regional e consequente redução dos planos de contingência, com diminuição da estrutura Covid (leitos de terapia intensiva e leitos clínicos), alguns procedimentos começa a ganhar normalidade”, explica o diretor Executivo da FHSTE, Jackson Arpini.
Cirurgias eletivas, segundo o Ministério da Saúde, são aquelas sem caráter de emergência e são procedimentos que podem ser agendados sem causar grandes problemas ao paciente.
“A partir do momento em que as estruturas físicas estão sendo liberadas, em circunstâncias dos novos indicadores da Covid, que atualmente estão num patamar positivo, o hospital retomou gradativamente a realização destes procedimentos, primando pelo atendimento e também pela segurança dos pacientes e equipes técnicas”, afirma o diretor Executivo, dizendo que do total de procedimentos represados, a grande maioria se encontra em duas áreas, sendo traumatologia e cirurgia geral.
No sentido de avançar na realização destes procedimentos o hospital apresentou ao Estado dois planos de trabalho, no valor total de R$ 697.760,00, sendo R$ 297.760,00 para cirurgias de prótese de joelho e quadril e R$ 400.000,00 para outras cirurgias, ambos com recursos oriundos de emendas parlamentares dos deputados Federais Giovani Cherini, Marcel Van Hattem, Marlon Santos, Lisiane Bayer, Henrique Fontana, Dionísio Marcon e do senador Lasier Marins.
Ainda, no dia 2 de agosto começaram a ser realizados procedimentos de traumatologia. A direção do hospital também avalia a ampliação dos procedimentos com recursos repassados pela Câmara de Vereadores de Erechim.
Nesse sentido, o hospital também encaminhou um expediente a 11ª Coordenadoria Regional de Saúde/Secretaria Estadual de Saúde, no sentido de alocar recursos extras para realização de mutirões, considerando que além dos procedimentos eletivos represados existe a demanda normal da saúde, com casos de urgência e emergência e demais ações e serviços da atenção terciária (hospitais).
“Estamos avaliando o cenário da epidemia para verificar a possibilidade de ampliação dos procedimentos eletivos, observando, é claro, e, com a devida precaução, os protocolos sanitários, para que não tenhamos nenhum revés no processo”, coloca Jackson Arpini.
A FHSTE vai solicitar espaço na próxima reunião da AMAU para apresentar os indicadores da instituição referentes aos procedimentos represados aos prefeitos e secretários de Saúde, com os quantitativos por município e especialidade, no sentido de encontrar alternativas conjuntas para minimizar esses números, que estão em patamar elevado.
“Essa situação se reflete no estado e no país, considerando que a pandemia deixou sequelas na saúde, setores produtivos e sociedade. Precisamos de forma irmanada encontrar soluções factíveis para reduzir esse represamento, com o propósito de atender a demanda dos usuários da rede de saúde”, finaliza o diretor Executivo.