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Indonésia comanda operação de busca a avião desaparecido

Avião perdeu contato após decolar do aeroporto de Jacarta.

Por Correio do Povo Publicado em 09/01/2021 13:21 - Atualizado em 03/06/2024 09:44

O governo da Indonésia comanda uma operação de busca ao avião companhia aérea indonésia Sriwijaya Air desaparecido após decolar neste sábado, em Jacarta. "Enviamos nossas equipes, assim como embarcações, para a área onde há suspeita de queda do avião após perder contato" com a torre de controle, disse Bambang Suryo Aji, chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate.

O voo Flight SJY 182 perdeu o contato com a torre de controle a 11 milhas náuticas ao norte do aeroporto Soekarno-Hatta, em Tangerang, perto de Jacarta, em uma altitude de 11 mil pés, segundo a agência de notícias estatal Antara. O Boeing 737-500 levava 62 pessoas a bordo, 56 passageiros e seis tripulantes. Havia sete crianças e três bebês. "A aeronave realizava o trajeto entre Jacarta e Pontianak (na ilha de Bornéu)", disse um porta-voz do Ministério dos Transportes, Adita Irawati.

O chefe do Comitê de Segurança de Transporte Nacional da Indonésia, Suryanto Cahyono, acredita que o avião caiu logo após decolar. Segundo a CNN, um oficial da Agência Nacional de Busca e Resgate afirmou que destroços estão sendo encontrados ao longos da Ilha Lancang, que estão localizadas ao norte da costa de Jacarta. Os artefatos serão analisados para confirmar se pertencem ao avião desaparecido.

O voo doméstico normalmente leva cerca de 90 minutos, mas o avião desapareceu dos radares logo após decolar. O Flightradar24, site que disponibiliza a localização de aviões do mundo todo em tempo real, divulgou em redes sociais que o voo SJ182 “perdeu mais de dez mil pés de altitude em menos de um minuto, cerca de quatro minutos depois de partir do aeroporto.” A empresa de baixo custo está investigando o que aconteceu.

Em outubro de 2018, 189 pessoas morreram quando um Boeing 737 MAX caiu no mar de Java, 12 minutos após a decolagem. O acidente e outro envolvendo o mesmo modelo na Etiópia foram atribuídos a defeitos técnicos e a fabricante foi condenada esta semana a pagar multa de 2,5 bilhões de dólares por ter enganado as autoridades no processo de aprovação da aeronave.

Os 737 MAXs ficaram sem voar por 20 meses após esses dois acidentes que deixaram 346 mortos, antes de serem novamente autorizados a operar em alguns países no final de 2020.