Agro

Inicia colheita do milho no RS

As projeções de rendimento permanecem variáveis: parte dos cultivos mantém o potencial inicial; e parte sofreu reduções devido à incidência de pragas, de doenças ou de danos decorrentes de eventos climáticos adversos ao longo do ciclo de desenvolvimento.

Por Assessoria/Emater Publicado em 28/12/2023 19:41 - Atualizado em 03/06/2024 13:55

Mesmo sem ter sido concluída a semeadura do milho no Rio Grande do Sul, alcançando os atuais 90% da área projetada para esta Safra de Verão, a colheita do grão foi iniciada nas regiões Celeiro, Alto Médio Uruguai e na Fronteira Noroeste, o que representa apenas 1% da área cultivada no Estado. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (28/12) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), as lavouras em maturação alcançam 11%, e em enchimento de grãos, 37%. As projeções de rendimento permanecem variáveis: parte dos cultivos mantém o potencial inicial; e parte sofreu reduções devido à incidência de pragas, de doenças ou de danos decorrentes de eventos climáticos adversos ao longo do ciclo de desenvolvimento.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, 5% da área cultivada com milho encontra-se na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo; 15%, em florescimento; 20%, em formação de grãos; 53%, em maturação; e 7%, colhidos. O início da colheita evidencia o comprometimento da produtividade das lavouras implantadas no início de agosto, em virtude do excesso de chuvas, que afetou a polinização, intensificou o surgimento de doenças e dificultou o manejo da adubação nitrogenada. A produtividade média da região poderá ser afetada, mas as lavouras implantadas em setembro apresentam alto potencial produtivo, o que pode compensar as perdas nas áreas plantadas mais cedo.

Milho silagem 

A área plantada permanece em cerca de dois terços da área planejada. A principal atividade realizada é o corte para elaboração de silagem de planta inteira. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as áreas implantadas em setembro são monitoradas para determinar o momento adequado para a ensilagem. 

O desenvolvimento da cultura foi impactado pelas fortes chuvas, especialmente em áreas de terras baixas. No entanto, as condições climáticas tornaram-se mais favoráveis a partir da fase reprodutiva. Há expectativa de colheita de silagens de boa qualidade, com produtividade dentro da média alcançada em anos de produção normal. Em São Gabriel, os produtores especializados na venda da silagem estão antecipadamente realizando vendas para atender à alta demanda de criadores. O plantio atinge 90% da área total estimada no município. Algumas lavouras foram estabelecidas com populações muito altas, chegando a 90 mil plantas por hectare, o que pode limitar a produtividade em caso de falta de luminosidade, de competição com plantas daninhas ou de suprimento insuficiente de nutrientes.


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