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Economia

Intenção de Consumo das Famílias avança pouco em maio e não recupera a perda recente

Piora da pandemia e fatores conjunturais conferem resistência a uma retomada consistente do consumo.

Assessoria/Fecomércio
por  Assessoria/Fecomércio
27/05/2021 13:50 – atualizado há 2 anos
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A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF-RS) teve um crescimento marginal de 1,0% no mês de maio de 2021. É o que mostram os dados divulgados nesta quinta-feira, dia 27, pela Fecomércio-RS. A pesquisa trouxe o índice ao nível de 58,8 pontos, ainda bastante distante do nível de maio de 2020, quando registrava 77,0 pontos já sobre os primeiros efeitos da crise e também inferior à março de 2021 quando houve um recrudescimento da pandemia.

Embora praticamente todos os indicadores apresentem profundas quedas em relação ao mesmo mês de 2020, a edição de maio trouxe variações positivas, ainda que pequenas, especialmente nas avaliações de renda e emprego que já superam o patamar de março de 2021. O indicador de Segurança do Emprego atual teve aumento de 3,1% no mês e atingiu os 72,4 pontos. Em maio de 2020 esse nível era de 103,8 pontos. O percentual de pessoas que responderam estarem menos seguras em relação a sua situação no emprego frente ao mesmo período do ano anterior foi de 39,5% em maio de 2021, o que representou uma melhora ante o mês de abril de 2021 em que esse percentual marcou 42,0%.

A renda atual cresceu 1,1% na passagem do mês, trazendo o indicador para o nível de 84,9 pontos. Este foi um dos aspectos que foram mais sensíveis aos primeiros efeitos da crise no ano de 2020 e, portanto, a queda em relação ao mês de maio de 2020 foi de apenas 2,5%, embora esse resultado seja bastante distante dos níveis pré-pandemia.

Os indicadores de consumo apresentaram piora no nível de consumo atual e no momento para a aquisição de duráveis, tendo sido o acesso ao crédito o único componente positivo deste aspecto. Embora os pesquisados tenham relatado aumento de renda, a pressão inflacionária reduz a renda real, fazendo com que os indivíduos fiquem mais cautelosos para consumir. Ainda, no que se refere à melhora do acesso ao crédito, a iminente ameaça de alta das taxas básicas de juros da economia impossibilita determinar qual será a tendência do efeito deste indicador nos próximos meses sobre os consumidores.

As expectativas de avanço da vacinação trazem melhoras nas perspectivas de emprego e consumo. Entretanto, estes dois indicadores são os de menor nível de todos os sete componentes do ICF-RS, algo que reflete o ambiente de forte incerteza da economia que impede os indivíduos de terem uma percepção mais clara acerca do futuro. "A intenção de consumo das famílias continua bastante deprimida. É fundamental que avancemos na vacinação de modo que se diminua o nível de incerteza e, consequentemente, se consolide o processo de abertura da economia. Só assim a confiança vai ser resgatada", comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Veja aqui a análise completa do ICF-RS.

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