Saúde
Itamaraty confirma que Índia atrasará entrega de vacinas
Voo para a Índia programado para a noite desta sexta-feira, corre risco de não decolar e atrasar chegada da vacina.
O cronograma de entrega dos dois milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford contra a covid-19 que o Ministério da Saúde afirma ter adquirido do laboratório indiano Serum Institute sofrerá atraso. A informação foi confirmada esta manhã, pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).
Integrantes do governo Jair Bolsonaro admitem, nos bastidores, grande possibilidade do voo fretado pelo Ministério da Saúde para buscar 2 milhões de doses da vacina de Oxford na Índia ser adiado de novo e não sair do Brasil nesta sexta-feira (15).
Ministros do alto escalão trabalham com nova previsão de desembarque do carregamento no país: terça-feira (19). Eles afirmam, no entanto, que a data do início da vacinação no país será mantida para a semana que vem.
Como a CNN mostrou nesta quinta (14), o governo indiano pediu o adiamento da entrega das vacinas ao Brasil porque a Índia pretende iniciar sua campanha de vacinação no sábado (16). O relato passado ao governo brasileiro é o de que, se o avião partisse daquele país antes do início da imunização por lá, seria instalada uma crise política.
Com a nova mudança, integrantes do governo Bolsonaro têm trabalhado para que o avião saia do Brasil neste sábado (16) e esteja de volta com a carga da vacina estimada em 15 toneladas até terça (19).
O adiamento ainda não foi confirmado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, está mantida a programação para que aeronave da Azul deixe o solo brasileiro nesta sexta-feira (15), às 23h.
Segundo relatos feitos à CNN, além do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o próprio presidente Jair Bolsonaro fez contato com autoridades indianas para resolver o impasse.
A imprensa indiana noticiou, nesta quinta-feira (14), que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, disse que "é muito cedo" para dar respostas sobre exportações das vacinas produzidas no país, uma vez que a campanha nacional de imunização ainda está só começando.
A notícia gerou insegurança sobre a entrega das doses da vacina de Oxford ao Brasil.