Segurança
Justiça decreta prisão preventiva de PMs investigados por morte de jovem em São Gabriel
Decisão mantém os três militares em presídio militar de Porto Alegre
A Justiça aceitou um pedido da Polícia Civil e decidiu decretar a prisão preventiva dos três policiais militares investigados pela morte de Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, ocorrida neste mês em São Gabriel, na fronteira Oeste. A decisão, proferida no fim da tarde desta terça-feira, é da juíza Juliana Neves Capiotti, da Vara Criminal de São Gabriel.
Com a decisão do Judiciário, os PMs, transferidos ao presídio militar de Porto Alegre, no fim de semana, devem permanecer no local. Os policiais suspeitos – sargento e dois soldados – tinham 16, 15 e 6 anos de serviços prestados à corporação, respectivamente. Pelo fato de estarem presos, a Polícia Civil vai ter prazo de 10 dias para concluir as investigações.
Em coletiva de imprensa realizada nessa segunda-feira, o delegado regional de São Gabriel, Luis Eduardo Sandim Benites, e o titular do caso, delegado José Soares Bastos, alegaram que as investigações já tinham elementos suficientes para indicar a ocorrência de homicídio doloso duplamente qualificado.
Questionados sobre a hipótese de dolo direto ou eventual (quando se assume o risco de matar), os policiais preferiram não entrar em detalhes para não interferir no curso da investigação.
Relembre o caso
Gabriel teve o corpo encontrado em um açude, na localidade de Lava Pés, na última sexta-feira, depois de uma semana de buscas. O sepultamento ocorreu nesse domingo, em São Gabriel. O jovem, morador de Guaíba, havia se mudado temporariamente para a fronteira Oeste a fim de prestar o serviço militar obrigatório.
Os PMs o abordaram, na noite de 12 de agosto, após a BM ter sido acionada por uma mulher que alegou ter sido importunada pelo jovem, em casa. Em declarações preliminares, os policiais disseram ter ajudado Gabriel a encontrar o caminho do que queria, já que havia entrado na casa errada.