ARGENTINA

Justiça determina extradição de 63 brasileiros investigados por atos golpistas

A decisão do ministro foi tomada após um pedido da Polícia Federal, que conduz as investigações sobre o caso.

Por Redação AU Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Publicado em 16/10/2024 05:39 - Atualizado em 16/10/2024 09:13

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a extradição de 63 brasileiros investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 que se encontram foragidos na Argentina. A decisão do ministro foi tomada após um pedido da Polícia Federal, que conduz as investigações sobre o caso. A medida visa trazer os acusados de volta ao Brasil para que respondam pelos crimes relacionados aos ataques contra as instituições democráticas.

A determinação de Moraes foi encaminhada ao Ministério da Justiça para análise. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, que integra o ministério, será responsável por avaliar se os pedidos de extradição cumprem os requisitos estabelecidos nos tratados internacionais. Essa análise é essencial para garantir que o processo seja conduzido de acordo com as normativas jurídicas vigentes entre os países envolvidos.

Após a análise do Ministério da Justiça, o material será repassado ao Ministério das Relações Exteriores, que ficará encarregado das negociações diplomáticas com a Argentina. Esse ministério será responsável por conduzir as tratativas e assegurar que os procedimentos legais de extradição sejam seguidos, permitindo a repatriação dos foragidos para o Brasil. O objetivo é garantir que os envolvidos nos atos de 8 de janeiro respondam perante a justiça brasileira.

A Polícia Federal tem informações de que esses brasileiros fugiram para a Argentina de maneira irregular, sem passar pelas autoridades de fronteira. Eles utilizaram métodos como esconder-se em porta-malas de carros, atravessar rios ou cruzar a pé a fronteira. Há indícios de que até 180 pessoas ligadas aos atos golpistas possam estar foragidas na Argentina, Uruguai e Paraguai. As autoridades também consideram a possibilidade de que alguns possam ter pedido asilo na Argentina ou cruzado fronteiras com Uruguai e Paraguai, devido à facilidade de trânsito em regiões como a Ponte da Amizade.

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