Lideranças regionais cobraram resposta urgente do Governo Federal sobre situação dos agricultores gaúchos
O ex-prefeito de Barra do Rio Azul e ex-presidente da Famurs, Marcelo Arruda, expressou em entrevista ao AU a crescente preocupação diante da demora do Governo Federal em apresentar medidas efetivas para socorrer os agricultores do Rio Grande do Sul.
O ex-prefeito de Barra do Rio Azul e ex-presidente da Famurs, Marcelo Arruda, expressou em entrevista ao AU a crescente preocupação diante da demora do Governo Federal em apresentar medidas efetivas para socorrer os agricultores do Rio Grande do Sul.
Marcelo relembrou que, durante a Marcha dos Municípios na semana passada, o Governo Federal assumiu o compromisso de publicar até sexta-feira uma medida prorrogando os financiamentos rurais. No entanto, até o momento, isso não ocorreu.
“Precisamos que isso se resolva até o dia 30, porque senão os nossos agricultores vão ficar negativados. Estamos falando de milhares de famílias que enfrentaram três secas consecutivas, depois uma enchente devastadora e agora novamente uma seca. É necessário sensibilidade do Governo Federal para garantir essa prorrogação dos financiamentos, enquanto se avança na negociação da securitização”, alertou.
Arruda enfatizou que não se trata de pedido de anistia, mas sim de condições justas para que os produtores consigam honrar seus compromissos. “Seria uma situação mais complexa se estivéssemos pedindo perdão das dívidas. Mas não é isso. Os agricultores estão pedindo condições para pagar, para continuar mantendo suas famílias no campo e garantir a produção”, reforçou.
Ele lembrou que a proposta em tramitação no Congresso, defendida pela bancada gaúcha, prevê três anos de carência e até 20 anos para quitação das dívidas — uma medida considerada essencial para a recuperação do setor. “O Rio Grande do Sul tem sua economia diretamente ligada ao agronegócio. Em cerca de 300 municípios, 90% da economia depende da agricultura. O agro representa 40% do PIB do estado. Isso não afeta só o produtor rural, mas todo o comércio local, as prefeituras e os serviços. É um efeito dominó: quando um setor vai mal, toda a economia sente”, destacou.
Por fim, Marcelo reforçou que as lideranças regionais, juntamente com prefeitos e prefeitas, seguem mobilizadas na busca por uma solução rápida e efetiva para evitar um colapso econômico nas cidades do interior gaúcho.
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