Agro
Livre da gripe aviária, SC reforça ações de prevenção após registro de casos em países vizinhos
A avicultura é um dos destaques do agronegócio em Santa Catarina.
Diante de registros de casos de gripe aviária em países da América Latina, Santa Catarina tem realizado ações para prevenir que a doença seja registrada no território catarinense. A avicultura é um dos destaques do agronegócio no Estado – que segue livre da doença.
Para manter esse cenário, a Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) trabalha em conjunto com órgãos públicos e privados para evitar a introdução da gripe aviária no estado.
Casos em países vizinhos
Países da América do Sul confirmaram casos da doença, no fim de 2022. Recentemente também foram detectados focos em animais silvestres na Argentina e no Uruguai.
“Estamos em alerta porque estas aves silvestres têm rotas de migração que passam por nosso território”, destaca presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
Segundo ela, são pelo menos três rotas: uma litorânea, uma no Planalto Catarinense e outra no Extremo Oeste.
“A Cidasc está fazendo o trabalho de vigilância ativa e passiva intensamente e o trabalho de educação sanitária em todas as mídias foi reforçado”, complementa a presidente.
Conforme o governo estadual, a parceria entre vários órgãos, permite que, por meio da troca de informações, seja possível identificar o quanto antes casos suspeitos em aves de vida livre. Assim é possível adotar mais medidas para impedir a contaminação em granjas.
Ações preventivas
O setor produtivo é um importante aliado nas ações de visam prevenir ocorrências de casos em Santa Catarina. Segundo o governo, além da Cidasc, outros parceiros como o Sindicarne e o Icasa, estão reforçando recomendações aos produtores sobre ajustes na estrutura física, que para impedir o contato de aves livres com as aves de criação.
Já nas estradas, ocorre a fiscalização de cargas e orientação aos motoristas. Além disso, foi preparado um material com versão bilíngue para o trabalho de educação sanitária em estradas próximas a fronteira com a Argentina.
Ainda é realizado capacitação de forma gratuita e online para médicos veterinários, com o objetivos de atualizar conhecimentos sobre a doença.
“Os departamentos regionais estão fazendo também um módulo prático, com treinamento de necropsia e colheita de material para exames para detecção de possíveis casos da doença”, informou o governo estadual.
Gripe aviária
O impacto maior da influenza aviária é na mortalidade de aves de criação e silvestre. Situação que órgãos públicos e privados querem evitar, mediante ações preventivas.
O risco de contágio da gripe aviária em humanos é considerada pequena. Apesar disso, a orientação é para que a população não recolha aves doentes ou mortas.
O governo estadual destaca que a população pode acionar o IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) para resgatar animais silvestres feridos. O Instituto atende de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h. Para demais ocorrências e horários, deve ser acionada a PM (Polícia Militar), pelo 190.