Atendimento
O programa de testagem para a Covid-19 em caminhoneiros com destino à Argentina e ao Chile já realizou até agora 404 exames. Desses, 24 tiveram resultado positivo para o coronavírus. Iniciado no dia 31 de maio, o projeto prevê que motoristas de transporte de cargas que partem do Rio Grande do Sul ou atravessam o Estado sejam testados com o exame de biologia molecular (RT-PCR), a fim de evitar a transmissão do vírus nesses dois países e para portarem comprovante de ingresso como estrangeiros.
Os testes são realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). As coletas ocorrem nos municípios de Osório, Passo Fundo, Vacaria, São Marcos, Bento Gonçalves, Canoas, Cachoeirinha, São Borja e Uruguaiana, pontos estratégicos das principais rotas rodoviárias federais gaúchas.
Entre os 404 já realizados, 297 foram encaminhados a partir de Uruguaiana, dos quais 13 tiveram resultado detectável para o coronavírus. A identificação dos demais positivos houve a partir de amostras encaminhadas pelos pontos de coleta de Cachoeirinha (4), Canoas (1), Passo Fundo (1), São Borja (3) e Vacaria (2).
Os caminhoneiros são orientados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao passarem em algum desses municípios a realizar as coletas nos pontos indicados pela gestão municipal (veja abaixo os pontos de coleta) e um estacionamento próprio para o caminhão. Depois de coletar amostras para o exame, o motorista poderá seguir viagem até alcançar a fronteira. Durante este período, as amostras serão levadas ao Lacen para a testagem e rodadas com prioridade, para cumprir o prazo de sete dias de validade do resultado. Os motoristas que apresentarem resultado negativo para a presença do vírus estarão liberados para cruzar a fronteira.
Para realizar o teste RT-PCR, o caminhoneiro deverá portar um documento chamado Manifesto Internacional de Cargas (MIC) ou outro documento que comprove o seu destino final. Todos os insumos necessários aos testes (swab de coleta nasal e faríngeo, kits de extração de RNA e amplificação) são oferecidos pelo Ministério da Saúde.
A necessidade de testar os motoristas de caminhão que atravessam as fronteiras é pauta na Secretaria da Saúde (SES) desde meados de 2020, e o programa ganhou corpo em maio, em conjunto com o ministério, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), a PRF e municípios parceiros. Se houver necessidade e grande demanda, os municípios também poderão contar com apoio do Exército, que se colocou à disposição para auxiliar na coleta das amostras para o exame.
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