Saúde
Marcelo Queiroga confirma chegada de doses da vacina infantil para 13 de janeiro
Em coletiva à imprensa, o ministro da Saúde também anunciou a liberação da vacinação contra a Covid-19 para o público infantil sem que a apresentação de prescrição médica seja obrigatória.
O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira, que o primeiro voo com as doses adaptadas da vacina da Pfizer, destinada a crianças de 5 a 11 anos, chega ao Brasil em 13 de janeiro. O segundo voo chega no dia 20 e o terceiro, no dia 27. Cada um deles desembarca 1,248 milhão de doses.
A Saúde também estima que 3,7 milhões de crianças devam ser vacinadas contra a Covid-19 ainda em janeiro. Segundo a pasta, foram adquiridas mais de 20 milhões de doses da vacina da Pfizer, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o público infantil. O quantitativo deve ser todo entregue até o fim do primeiro trimestre.
Vacina sem prescrição obrigatória
“Quero me dirigir aos pais e mães dessa grande nação para dizer-lhes que todos aqueles que quiserem vacinar seus filhos o Ministério da Saúde vai garantir doses da vacina”, afirmou.
Ao contrário do que Queiroga havia anunciado, a pasta decidiu descartar a exigência de prescrição para que cada criança seja imunizada. O recuo do ministério em relação à obrigatoriedade veio após os resultados da consulta pública sobre a vacinação de crianças, feita no site da pasta entre 23 de dezembro e 2 de janeiro. A maioria das 99.309 pessoas que participaram do questionário se mostrou contrária à exigência da prescrição.
Ordem de vacinação
A secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, explicou que as crianças de 5 a 11 anos só poderão ser vacinadas na presença de pais ou responsáveis e, na ausência desses, mediante a apresentação de um termo de assentimento. “A criança está em pleno desenvolvimento e o cuidado neste público tem que ser maior”, alegou.
De acordo com secretária, a vacinação das crianças vai seguir uma ordem de prioridade, como ocorreu no ano passado com os adultos, quando a imunização teve início no País.
Serão priorizadas as crianças de cinco a 11 anos com deficiência permanente ou com comorbidades; crianças indígenas e quilombolas e crianças que vivem com pessoas que possuem alto risco para Covid-19.
Em seguida, a vacinação deve ser ampliada para crianças sem comorbidades, seguindo uma ordem decrescente: 10 a 11 anos; oito a nove anos; seis a sete anos e cinco anos de idade.
Intervalo entre as doses
Quando a Anvisa aprovou o uso da vacina da Pfizer em crianças, a recomendação era de intervalo de três semanas entre as duas doses. Segundo a secretária, o Ministério decidiu ampliar esse período para possibilitar uma maior produção de anticorpos neutralizantes.
“Estudos em adultos demonstraram que em um intervalo maior que 3 semanas há maior produção de anticorpos neutralizantes. Temos um benefício maior. E se não estamos em um cenário onde haja necessidade premente de se completar esquema primário, é melhor que esse intervalo se amplie e não seja de 21 dias. Isso serve tanto para adultos como para crianças”, explicou Rosana.